quinta-feira, 21 de julho de 2011

Invictus e apartheid

Hoje vi um filme que me fez refletir bastante, foi até nostálgico. Invictus, dirigido por Clint Eastwood, com Morgan Freeman e Matt Damon, mostra os desafios que Mandela enfrentou após ser eleito presidente da África do Sul.


Tomei conhecimento do Apartheid quando eu tinha 10 anos, através da música "Libertem Mandela", da Banda Reflexus.

Desde então minha indignação só aumentou, porque nunca entendi como seria possível existir tal regime em pleno século XX.




Um regime em que por força de lei a minoria branca detinha todos os privilégios e a maioria negra vivia segregada, politicamente, socialmente, economicamente e até mesmo, geograficamente. 

Os negros apesar de serem mais de 70% da população não podiam votar, não podiam manter negócios ou práticas profissionais em quaisquer áreas. A implementação desta política resultou no confisco da propriedade e remoção forçada de milhões de negros.

As áreas de negros raramente tinham saneamento ou eletricidade. Os hospitais eram segregados, sendo os destinados a brancos capazes de fazer frente a qualquer um do mundo ocidental e os destinados a negros, comparativamente, tinham séria falta de pessoal e fundos.

A educação de cada criança negra custava ao estado apenas um décimo de cada criança branca. Educação superior era praticamente impossível para a maioria dos negros.
As praias eram racialmente segregadas, com a maioria (incluindo todas as melhores) reservadas para brancos.
Um branco que entrasse em uma loja seria atendido primeiro, à frente de negros que já estavam na fila, independente da idade ou qualquer outro fator.

Anos atrás eu vi um documetário sobre o governo de Nelson Mandela que mostrava o esforço do poder público para extinguir a segregação racial no país, proibindo por exemplo, que houvesse divisão racial nas escolas públicas.

Mas a minoria branca se valendo do poder econômico colocava os filhos em escolas particulares, para que os mesmos não estudassem com negros. Diante disso o governo implementou políticas afirmativas, pagando a mensalidade das escolas privadas para que negros e brancos estudassem juntos.

É impossível não comparar Nelson Mandela com Luis Inácio Lula da Silva, resguardando-se as devidas proporções, é claro.

O filme mostra o esforço do presidente Mandela para governar  uma nação dividida que precisava ( ainda precisa) ser unida. Uma nação onde negros e brancos, mesmo com o fim do apartheid , ainda eram como água e óleo.
Uma nação que foi unida com toda a habilidade política e, acima de tudo, humana de Nelson Mandela, como o filme "Invictus" retrata muito bem.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

AMIZADE É RECIPROCIDADE

Sei que ter muitos amigos exige disposição. Não é fácil sempre se manter disponível e presente.

Relembrando meus tempos de adolescência, percebi que eu tinha muito mais amigos do que tenho hoje. 

Pude ver que à medida que o tempo foi passando, os amigos foram tomando outros rumos. A vida mudou para todos e aquela relação que tínhamos ficou no passado.


A amizade é reciprocidade.

Mas a chegada da maturidade, das obrigações impostas pelo trabalho e pelo casamento implica em diminuição da interação social, principalmente pela falta de tempo.
 


Penso que tenho poucos amigos por considerar o amigo alguém com quem eu possa ser eu mesmo, e, talvez, o “eu mesmo” não seja alguém carismático, cativante, sei lá!
Estou feliz, pois sei que tenho amigos de verdade, são poucos, posso até contar nos dedos, mas eles (e elas) sempre estão comigo quando  eu preciso pra me animar, ouvir minhas tristezas e me aconselhar,e as vezes brigar e me encher o saco também!






Estou satisfeito com minhas amizades!!!!!


.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

TRISTEZA



Hoje a tristeza tomou conta de mim. Talvez por eu viver tão estressado, solitário e fadigado. Sei lá!!!!!!




Talvez pelo fracasso no amor ....









Lembrei de uma música que quase reflete o que eu estou sentindo:

 “Se lembra quando a gente / Chegou um dia a acreditar / Que tudo era pra sempre / Sem saber / Que o pra sempre sempre acaba”

quarta-feira, 13 de julho de 2011

DIA DO ROCK



Hoje é dia do rock, e eu (e milhões de pessoas) gosto muito desse gênero musical vibrante e cheio de atitude. Como gosto de muitos grupos e cantores, vou relembrar aqui apenas dois: Zé Ramalho e Os Paralamas.



Eu gosto muito do Zé Ramalho, principalmente pelas suas influências musicais, que são uma mistura de elementos da cultura nordestina (cantadores, repentistas e rabequeiros), da Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Golden Boys e Renato e seus blue caps), a sonoridade dos Beatles e a rebeldia de The Rolling Stones, Pink Floyd, Raul Seixas e, principalmente, Bob Dylan.



Não esquecendo que há elementos da mitologia grega e de histórias em quadrinhos em suas músicas.
Em 2001, Zé Ramalho gravou várias canções de Raul Seixas no disco Zé Ramalho Canta Raul Seixas, que deu origem a um DVD, gravado no Canecão, Rio de Janeiro.

Toda a minha geração cresceu ouvindo o chamado quarteto sagrado do rock brasileiro: Os Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs e Legião Urbana.


Também conhecida somente por Paralamas, é  composta por Herbert Vianna (guitarra e vocal), Bi Ribeiro (baixo) e João Barone (bateria).

No início a banda misturava rock com reggae, posteriormente passaram a agregar instrumentos de sopro e ritmos latinos.

Olhem só o que deu o encontro de Zé Ramalho e Paralamas do Sucesso:





     Vai dizer que não gostou!!!!!!!!











































E pra finalizar uma cereja do bolo:






































terça-feira, 12 de julho de 2011

I SEMINÁRIO SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS ÍNDICES EDUCACIONAIS

Continuando a jornada de seminários (confira aqui), hoje participei do I Seminário sobre a Importância dos Índices Educacionais, organizado pela 19ª Gerência Regional de Educação – Teresina. Nos reunimos para discutir sobre os índices educacionais, principalmente o IDEB. O fato é que o Piauí figura entre os piores índices do país, principalmente no ensino médio, o que mostra que nossa educação ainda precisa avançar muito no que diz respeito à qualidade.


Paradoxalmente, temos as melhores escolas do país tanto na rede pública quanto na rede privada. O Instituto Dom Barreto já figurou como a melhor escola do Brasil e a cada ano continua entre as melhores do país na categoria escola privada. As professoras da Escola Municipal Casa Meio Norte, Ruthneia Vieira Lima Costa e Osana Santos de Morais receberam este ano, da presidenta Dilma, a medalha da Ordem do Mérito Nacional por realizarem trabalhos de referência na área de educação.

Escola Municipal Casa Meio Norte
Não podemos esquecer a educação de Cocal dos Alves, no interior do Piauí, a cidade é um fenômeno, quando se fala de educação. Um município com pouco mais de cinco mil habitantes, possui 20 escolas, a maioria do ensino fundamental, e uma característica: é berço de campeões em competições de conhecimento. O vencedor deste ano, do quadro soletrando do programa Caldeirão do Hulk, saiu da cidade. Na última edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas, quatro estudantes de Cocal dos Alves conquistaram medalha de ouro. Um desempenho que superou o de 11 estados brasileiros.

Cocal dos Alves: Fenômeno
Todos nós que trabalhamos com educação, estamos imbuídos em melhorar os índices educacionais das escolas que trabalhamos, e por isso nos reunimos para ouvir gestores, docentes e alunos dessas escolas de referência para tentar melhorar nossas praticas pedagógicas e conseqüentemente melhorar a qualidade do ensino das nossas escolas.


O seminário teve como objetivo proporcionar momentos de estudo e reflexão sobre a importância dos índices educacionais, como o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.

A organização do evento ainda trouxe o estudante de Cocal dos Alves, Sandoel Vieira, três vezes medalhista da OBEMEP - Olimpíada Brasileira de Matemática, que ganhou destaque nacional ao receber premiação das mãos da presidenta Dilma Rousseff. Ele disse veio tentar repassar a motivação e o trabalho intenso que os professores da escola que ele estuda passaram a ele.

O secretário de educação, Atila Lira abriu, o evento falando que o sucesso educacional depende do trabalho de cada escola: direção, coordenadores e corpo docente, que deve receber forte apoio das outras esferas. O Secretário ainda prometeu transformar a escola que sediou o evento, U.E. Lourival Parente, em uma escola de tempo integral, além de uma reforma geral.

Alunos campeões de Cocal dos Alves

 Bem vamos as principais conclusões do encontro, primeiro, para melhorar a qualidade da educação a gestão é fundamental, o exemplo da diretora da escola de tempo integral padre Joaquim Nonato não deixa dúvidas. O acolhimento das crianças no inicio das aulas, o acompanhamento pedagógico da coordenadora, o empenho da diretora gerindo os professores de forma que todos na escola passaram a pensar coletivamente, o envolvimento dos pais. Em fim, foi um bom exemplo de gestão escolar, aprendi muito.

Instituto Dom Barreto
Segundo, o clima escolar, a professora Rosimar, representante do MEC, destacou um ponto que eu considero de suma importância para a melhoria da qualidade da educação. Ou seja, tem haver harmonia na escola, todos devem se sentir bem no ambiente, as crianças devem gostar da escola, os professores tem que estar motivados, isso é fundamental.
Alunos campeões de Cocal dos Alves

Terceiro, a cooperação entre estados e municípios, se um aluno sai da rede municipal, ensino fundamental, com deficiências de aprendizagem, conseqüentemente ele entrará na rede estadual, ensino médio, com dificuldades de acompanhar os conteúdos, derrubando os índices.





Escola Municipal Casa Meio Norte
Nossa escola, a Unidade Escolar Bartolomeu Vasconcelos Filho, enviou os Professores Miguel Norberto, de matemática e Renato Rabelo, de Português. Eles disseram que foi muito proveitoso, pois participaram de oficinas onde discutiram práticas pedagógicas inovadoras que visam à melhoria na aprendizagem das respectivas disciplinas. Agora é só colocarmos em prática tudo que aprendemos no evento.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO: TRAVESSIA PARA UM MUNDO DE DESCOBERTAS – PARTE 2

Continuando o resumo sobre o I Seminário de Educação(cofira a parte 1 aqui), gostaria de falar sobre a palestra do Deputado pelo Maranhão Gastão Vieira. É o seguinte, muitas coisas que ele falou eu concordo outras não. O deputado falou que a lei não será aprovada esse ano, pois está na Câmara, depois irá para o Senado, lá os senadores irão modificá-la e terá que retornar a Câmara, ou seja, só para 2012, o que é muito ruim.
Mas primeiro vamos falar  um pouco sobre o que é o PNE (confira aqui). Em 2009, educadores e gestores públicos de várias esferas de governo se mobilizaram em conferências municipais e estaduais para discutir a base desse documento, que norteará os rumos da Educação no Brasil. As sugestões chegaram à Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada entre os dias 28 de março e 1º de abril, em Brasília, e foram discutidas por cerca de 3 mil representantes de todas as regiões do país. 

As propostas aprovadas foram compiladas em um documento que foi encaminhado pelo Ministério da Educação (MEC) ao Congresso Nacional. Ele servirá de base para a elaboração do novo PNE, que depois de aprovado em plenária e sancionado pela presidenta da República se tornará lei federal e determinará as metas, as prioridades e o planejamento da Educação nacional para a próxima década.

A expectativa é que o novo plano contemple desafios antigos - como a erradicação do analfabetismo e a ampliação do acesso à Educação Infantil e ao Ensino Médio - mas traga também novidades, como a implantação do Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi), que estabelece patamares mínimos de investimento e infraestrutura para garantir a qualidade em todos os níveis de ensino. Confira as metas aqui.

Pois muito bem, o deputado Gastão Vieira é presidente da comissão especial que está analisando a lei do PNE, ele abriu a palestra agradecendo o convite do governo do Piauí, disse que o nó da educação pública brasileira é fazer com que todas as escolas tenham qualidade, pois o Brasil está muito abaixo no quesito qualidade do ensino. Gastão Vieira disse não entender porque estamos tão mal na qualidade do ensino se temos o melhor programa de livro didático do mundo, merenda para todos os alunos, FUNDEB “onde estamos errando?”. Ele disse que quando foi secretário de educação do Maranhão fez tudo direito e o Estado não saiu do lugar. “O que fazer?”. Segundo ele, a resposta é o PNE.

Para Gastão Vieira, o PNE anterior foi um fracasso, trouxe apenas alguns avanços pontuais, como o FUNDEF e um aumento significativo no salário do professor, de acordo com o deputado, antes tínhamos professores que ganhavam 1/3 do salário mínimo e com o PNE passaram a ganhar um salário mínimo.
Ele disse está confiante de que este novo Plano Nacional de Educação não irá fracassar, pois tem legitimidade, nasceu das propostas da sociedade civil organizada. Ao invés das 200 metas do plano anterior, este tem apenas 20, é mais enxuto, e o principal, segundo o deputado, o governo tem compromisso com o Plano.

Ele disse que irá lutar para implantar algumas mudanças na LDB para mudar o EJA, que segundo ele é uma chatice e os alunos não conseguem se interessar pelas aulas. Com relação ao ensino médio, o deputado disse que o ensino médio noturno precisa ser mudado, “21 matérias para o ensino noturno é demais, bastam apenas 4 matérias”.  Segundo ele, um aluno que passa o dia trabalhando vai para a escola a noite ver um monte de disciplina chata, outras que não tem professor, "não tem como, o cara desiste!".

Um ponto polêmico foi com relação a escolha de professores, o deputado disse que o sistema de escolha deveria ser semelhante a escolha de jogadores de futebol. deveríamos ter olheiro na educação, para selecionar professores talentosos, e mais, os primeiros colocados nos concursos deveriam ir para as piores escolas.
O deputado disse que deveríamos mudar o sistema de gestão das escolas dando-lhes mais autonomia, melhorar o currículo e o apoio didático. Ele disse que um dos maiores problemas que enfrenta na Câmara é que os movimentos organizados querem um Plano para o aluno ideal e não para o aluno real.

Os pontos que me preocuparam na fala do deputado foram: ele disse que a LDB deveria ser mudada para que o Estado, em situação de emergência, pudesse contratar qualquer profissional de nível superior para dar aulas, como por exemplo, engenheiros para dar aulas de matemática, química e física. Defendeu também a volta do positivismo, onde o professor receberia uma cartilha dizendo o que e como ele deveria ensinar. Essa cartilha seria toda voltada para os alunos terem êxito nas provas nacionais que geram os índices educacionais, ou seja, ao invés de prepararmos o aluno para a vida, prepararíamos para a Prova Brasil.
Bem o fato é que essa lei ainda vai ser muito modificada e sua aprovação ainda vai demorar muito, uma pena!.
As outras duas palestras foram com a Professora Joara que anunciou o programa de reforço escolar para os alunos do 3º ano, o mesmo cursinho popular do ano passado. Informou também que o programa de mediação tecnológica começará ser implantado em agosto. Ela disse também que vai haver eleição para diretor no final do ano e que o Estado do Piauí vai elaborar seu plano estadual de educação, informou também que todos os gestores serão avaliados.

O Professor Nonato iniciou a palestra com uma dinâmica. Com um livro na mão perguntou: quem quer esse livro? E todo mundo gritava eu!!!!!!!, Ele retrucava e todo mundo parado, até que uma professora levantou-se, correu ate ele e pegou o livro, moral da historia, todos nós queremos  mas poucos de nós tem a coragem de agir. O secretário Atila Lira chegou para encerrar o evento. Ele informou que haverá concurso para professor no segundo semestre. Disse que confia em nós para mudar a educação do Piauí. E finalizou dizendo: “É tanto problema que eu to pra correr”.

E foi assim, depois fomos para fora para os comes e bebes!

sábado, 9 de julho de 2011

I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO: TRAVESSIA PARA UM MUNDO DE DESCOBERTAS – PARTE 1

Conforme o prometido, vamos ao resumo do I Seminário de Educação promovido pela SEDUC – PI. Cheguei cedo, fui para o credenciamento, aquela multidão, gente de todo o Estado... Eu pensei – deve ter aqui um lugar reservado para os eclesiásticos – Mas, não tinha, entrei na fila. Depois tomei aquele cafezinho e fui trocar figurinhas com os meus amigos da Regional (19ª). Logo dei de cara com a minha chefa, a gestora da 19ª Regional, a Professora Sônia. Pensei – devo começar despejando um monte de lamentações de como está difícil ser diretor de escola, que estou precisando disso, daquilo, etc, etc, etc? Não, deixemos para outra ocasião.
O da pizza e a Profª Sônia
Logo chegou a Professora Carleuza, coordenadora do ensino-aprendizagem e o Professor Rudyfran, da coordenação financeira, que vive dando pressão na gente pelas prestações de contas. Semana passada ele convocou a nós diretores às 8 horas da madrugada para puxar a nossa orelha sobre os gastos com energia elétrica. Tá certo professor! Prometo que vou reduzir em 40% a conta de energia do Bartolomeu.
A pizza e a Profª Carleuza
Todos nós que fazemos parte da 19ª Regional temos o privilégio de sermos coordenados por uma equipe competente, séria, firme quando necessário, mas também que sempre está de bom humor, muito bem, todos estão de parabéns!
Profº Rudyfran, Profª Sônia e ...
Bem, como os sacos já foram devidamente puxados, voltemos ao seminário! Conversa daqui, conversa dali, as autoridades chegaram, a mesa foi composta e o Hino foi executado. Gostaria de fazer um adendo, gente a nova versão do nosso Hino ficou muito bonita. Destaque para as manifestações culturais do Estado, como Bumba Meu Boi, Samba de Cumbuca, Congo, Balandê, Coisa de Nêgo, Violeiros, Repentistas, Cavalo Piancó, Coral de Vaqueiros e Reisado. Além de mostrar as cidades e roteiros turísticos que valem a pena serem visitados. Na minha opinião só faltou As "meninas" do grupo Bandolins de Oeiras (confira aqui).
A superintendente de ensino, professora Joara, apresentou as metas da SEDUC para 2011-2014. O que mais me chamou a atenção foi o projeto mediação tecnológica. Até porque estou fazendo o curso de Tecnologias na Educação pelo e-proinfo(confira aqui), inclusive esse blog já é um dos primeiros resultados dessa capacitação que estou fazendo, e também porque já conheço o projeto, pois já é implantado no Maranhão. Lá tem o nome de "aula do futuro"(confira aqui) e visa oferecer aos alunos da 3ª série do ensino médio, mecanismos de reforço para o Enem e demais vestibulares, tudo por videoconferência.

O evento ia seguindo muito bem até que passei pelo meu primeiro momento de raiva ... gente, celular em eventos .... é f#$@%&, poxa! Eu querendo prestar atenção e o diabo duma véa gritando no celular, bem do meu lado, e eu fui me aguniando, me deu uma gastura ... respirei e mudei de lugar......
Usaaaaa! Vamos à fala do governador Wilson Martins. Ele cobrou de todos nós, gestores, que despolitizemos a educação, que descentralizemos as decisões e que concedêssemos autonomia as nossas equipes de apoio. A platéia vibrou quando o governador falou que se nós, diretores, não estivéssemos recebendo recursos suficientes para gerir nossas escolas deveríamos cobrar do secretário Atila Lira, o aplauso foi geral.

Bem, mas uma coisa me preocupou na fala do Governador, a questão da escola de tempo integral que é praticamente unanimidade entre os que defendem a melhoria na qualidade da educação. Nas entrelinhas deu para perceber que a União (presidenta Dilma) e o Estado (governador Wilson Martins) irão dar prioridade a outras áreas da educação, pois consideram a escola de tempo integral muito cara. Claro que a escola de tempo integral irá continuar, mas a expansão, pelo que ouvi do Governador, acho muito difícil!

O governador disse ainda que irá implantar o projeto de mediação tecnológica, como eu já falei, eu conheço o projeto e estou ansioso para vê-lo funcionando. Ressaltou que todos os problemas sociais que vivenciamos, inclusive as drogas, seriam resolvidos se tivéssemos uma educação de qualidade. Falou também, que não há desenvolvimento em lugar nenhum do mundo sem educação. Para ele, os índices da educação do nosso estado são tristes.

Ele falou que cobrou da presidenta Dilma 50 escolas de tempo integral, mas ela retrucou que é muito caro, mas que financiaria o projeto de mediação tecnológica. O governador fez um balanço das contas do Estado, o Piauí não tem dinheiro, segundo ele, atualmente nosso Estado está pagando 105 milhões de reais só de dividas, dinheiro jogado no ralo, disse o governador. Disse que está lutando para mudar o cálculo do FUNDEB e para aumentar a aquisição de recursos para o Piauí.

O chefe do executivo também reclamou que nós deveríamos parar com os "fuxicos" e parássemos de brigar por espaços. O momento alto da fala do governador foi quando ele disse que ninguém nesse país trabalha mais que professor: “rapaz, agüentar abuso de menino chei de razão, de manhã de tarde e de noite. Professor ganha pouco!”. A platéia vibrou!
19ª Gerência Regional
Enfim, apesar disso, o governador disse que está entusiasmado, que as coisas irão melhorar, pediu que vestíssemos a camisa da educação e reafirmou que as prioridades do seu governo são: saúde, educação e segurança pública.
Bem, vou parar por aqui, pois já estou me alongando demais, segunda-feira continuarei com mais detalhes, inclusive com a palestra do deputado Gastão Vieira e com o encerramento do evento.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A SEDUC ENXERGOU A MINHA ESCOLA

Hoje foi um dia muito corrido. Participei do I Seminário de Educação: Travessia para um mundo de descobertas, que aconteceu no Centro de Convenção do Atlantic City. Foi muito proveitoso pra nós que estamos como diretores de escolas públicas. Dentre os participantes destacamos: o governador do Estado, Wilson Martins, o secretário de Educação, Átila Lira, além da presença do deputado federal pelo estado do Maranhão, Gastão Dias Vieira (PMDB-MA) que é presidente da comissão especial destinada a analisar a proposta que estabelece o Plano Nacional de Educação 2011-2020.                                                                    
No evento, discutimos as diretrizes que sustentarão o Plano de Trabalho da Secretaria Estadual da Educação, nas situações de ensino-aprendizagem para o quadriênio  2011/2014. Além dos eixos prioritários do governo, tais como: Mediação Tecnológica, Níveis e Modalidades de Ensino, Colaboração entre União, Estado e Municípios, Formação Profissional e Valorização de Docentes e Técnicos, Gestão Educacional, Avaliação Institucional, Fortalecimento Institucional da Rede Pública Estadual de Educação.

 Gastão Dias Vieira (PMDB-MA)
Amanhã postarei tudinho pra vocês, todos os detalhes inclusive algumas questões que eu considero polêmicas, como por exemplo alguns pontos do novo Plano Nacional de Educação que foram apontados pelo Deputado Maranhense Gastão Vieira.


Mas hoje gostaria de falar da boa noticia, a escola que eu sou diretor (Unidade Escolar Bartolomeu Vasconcelos Filho) vai ganhar melhorias, pois será incluída no Par – Plano de ações articuladas.  Teve até matéria especial no sítio da SEDUC (confira aqui).
Abaixo a matéria na Integra.

Destaques

Escola Bartolomeu Filho abre laboratório de informática para comunidade

Quinta-feira, 7 de Julho de 2011
A Unidade Escolar Professor Bartolomeu Filho em parceria com a Fundação Wall Ferraz oferecerão Curso de Informática para alunos e moradores do bairro Parque Piauí. A parceria visa utilizar a capacidade estrutural, de equipamentos e instalações da Unidade em benefício da própria comunidade.
 Bartolomeu2
De acordo com o diretor Antonio de Pádua Oliveira, a idéia de firmar parcerias, visa atender a outras necessidades dos alunos que vão além da grade curricular. “Com a oferta de cursos e de mais serviços à comunidade, surge como uma saída para diminuir a evasão escolar considerada um dos maiores desafios para a equipe de professores e direção da escola”, explica.

“Uma escola de ensino médio, com aulas apenas a noite e situada numa região de muita carência como a nossa, faz com que grande parte dos alunos precise estudar e trabalhar ao mesmo tempo e, acabe não ligando a educação à melhores perspectivas para suas vidas”, argumenta Antonio. “Desta forma precisamos criar situações que faça o aluno dar prioridade à educação”, completa.

Além do projeto das aulas de informática, a escola também abre suas portas para que grupos de capoeira e grupo de mães bordadeiras possam utilizar as dependências do prédio. “É uma forma que encontramos para interagir com as famílias de nossos alunos, pois todos esses grupos são de pessoas da própria comunidade, muitas delas são pais ou responsáveis”, diz o diretor.

Para implementar ainda mais as atividades pedagógicas da U. E. Bartolomeu Filho, a Secretaria de Educação enviou recentemente novos equipamentos como: freezer, fogão e todos os utensílios de cozinha para garantir a qualidade da merenda oferecida aos alunos. Em breve, está prevista a troca de carteiras escolares além dos equipamentos de climatização da biblioteca.

A Unidade Escolar Bartolomeu Filho esta localizada no bairro Parque Piauí, Teresina.
Autor: Albano Amorim

quinta-feira, 7 de julho de 2011

FILME NA AULA DE HISTÓRIA: A GUERRA DO FOGO

Devido às divagações cinematográficas dessa semana (confira aqui), resolvi postar aqui alguns filmes que estou trabalhando com meus alunos, comecei pelo terceiro ano (confira aqui), depois o segundo ano (confira aqui) e hoje vou falar um pouco do filme A Guerra do Fogo, que trabalhei com os alunos do primeiro ano. Não é fácil trabalhar esse filme em sala de aula, pois como se passa na “pré-história” o filme não apresenta diálogos e a única linguagem que se vê são as ações dos personagens, gritos, grunhidos e linguagem corporal.

Uma das maiores dificuldades do conteúdo “pré-história” é estimular o recuo imaginário à um tempo absurdamente remoto. Como ilustrar a pedra lascada como um avanço tecnológico? Não tem jeito, só dispomos desse filme, ele é o maior e único clássico do cinema sobre o assunto. Fiquei animado diante da superprodução 10 000 a.C, não deu. Tem também 2001, Uma Odisséia no Espaço e Planeta dos Macacos, mas também não se encaixam muito bem. Falando em Planeta dos Macacos, eu fui conferir a superprodução (Muito bom o filme).

Pois bem, vamos a um breve resumo do filme. Lançado em 1981, é um longa que trata de levantar hipóteses sobre a origem da linguagem através da busca de três homo sapiens para conseguirem uma nova fonte de fogo perdida por sua tribo. Só lembrando que o fogo é um elemento primordial para a sobrevivência da tribo: fornece calor, protege de predadores, prepara os alimentos, chega a ser divino e tenebroso para eles.

O roteiro é assinado por Anthony Burguess, foneticista e consagrado autor do livro Laranja Mecânica. Burguess faz crível as adaptações e linguagens usadas por aqueles hominídeos além de fazer compreensível toda uma história recheada de grunhidos, mamutes mal-acabados e situações que, aos nossos olhos de hoje, não parecem mais que absurdas.

A jornada desses guerreiros em busca do fogo é emocionante: há a cena em que um deles taca uma pesada pedra no outro e todos - inclusive o apedrejado, com a cabeça sangrando - têm um ataque de riso. É clássica ainda a cena em que algumas fêmeas ancestrais vão refrescar a garganta num riacho e uma delas, ali acocorada, é surpreendida sexualmente por um macho das cavernas. Bem, digo surpreendida por falta de palavra melhor, já que a tal fêmea não parece muito surpresa.

Destacamos a sensibilidade com que o filme trata um tema tão complicado, onde povoam ainda poucas certezas e muitas teorias. Como cinema, revela, dentro da simplicidade da produção, uma narrativa poderosa onde, sem dúvidas, nos identificamos como seres dotados de grande capacidade de adaptação e cujo tempo parece tornar sempre mais intrigantes. A guerra do fogo é um filme que está relacionado com o olhar e a perspectiva de quem assiste. São infinitas as possibilidades de leitura desse filme. 

Através do filme trabalhamos, por exemplo, a reconstrução dos gestos, do vestuário, do vocabulário, da arquitetura e dos costumes desta época.
Sendo um filme histórico, A Guerra do Fogo é uma representação do passado, e portanto um discurso sobre o mesmo e como tal, está imbuído de subjetividade.

Enfim, o filme ilustra como foram as primeiras tentativas para se chegar ao ponto em que a humanidade atual chegou.