quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Wikipédia e o Wikcionário

Como já falei aqui , estou fazendo uma capacitação sobre as tecnologias na educação. Hoje vou falar sobre duas ferramentas de pesquisa muito utilizadas na grande rede atualmente: a Wikipédia e o Wikcionário.

A Wikipédia,( acesse aqui ) é uma ferramenta bastante útil para pesquisas em geral, acesso-a regularmente para tirar minhas dúvidas. Os principais pontos positivos são a variedade e a praticidade. 


Claro que devemos ficar atentos, pois como se trata de uma enciclopédia livre, alguns verbetes podem conter erros. É claro que utilizá-la como única fonte num trabalho acadêmico não é recomendável. 

Todos podem alterar a Wikipédia, mas os textos são fiscalizados pelos próprios usuários. Cada página contém uma lista de discussão que pode ser acessada facilmente. Em assuntos polêmicos ou regularmente alterados os administradores podem restringir as alterações. A Wikipédia interfere no cotidiano de todos que utilizam a internet, seus artigos estão, quase sempre, em primeiro  lugar nos resultados de buscas do Google. Sugiro um dos verbetes mais acessados, confira.


O Wikcionário,( acesse aqui ) como o próprio site diz é um projeto colaborativo cuja finalidade é produzir um dicionário livre e completo de todas as línguas. A navegabilidade é semelhante à Wikipédia. Na internet constitui-se uma boa maneira de saber o significado de uma palavra. É um dicionário on-line, poliglota, livre, em português, com significados, etimologias e pronúncia.

O objetivo do Wikcionário é descrever todas as palavras de todos os idiomas.
Olha só uma sugestão legal confira! 

PLANEJANDO UMA ATIVIDADE COM HIPERTEXTO OU INTERNET

Bem, para cumprir minhas obrigações com a capacitação que estou fazendo sobre as tecnologias na educação, via e-ProInfo ,vou postar o planejamento de uma atividade que tem como base a utilização da internet. É o seguinte, a atividade será, Noções básicas de ética. Espero que meus alunos aprendam noções básicas de ética e o seu uso no cotidiano. Além de refletirem sobre as ações humanas e o respeito à liberdade individual e coletiva. 

Eu espero que eles parem um pouco de fuçar a vida alheia no orkut e pesquisem na internet os seguintes temas:
  • O que é ética?
  • Quando surgiu o conceito de ética?
  • Qual a importância da ética para a humanidade?
  • Qual o papel da ética na sociedade brasileira, em minha comunidade, na escola?
  • Como os meios de comunicação podem contribuir para a construção da ética no cidadão?
Após a pesquisa os alunos serão divididos em grupos e cada grupo apresentará em forma de seminário os resultados da pesquisa.
Me inspirei num texto que li intitulado, Delitos virtuais - adolescentes desconhecem os limites da ética na Internet. Achei muito interessante, pois é fato que a cada dia mais envolvidos com a Internet e suas diversas ferramentas, os adolescentes acabam, muitas vezes, infringindo códigos de ética, desrespeitando o que é um bem privado, sem ter a noção de que estão fazendo algo errado. confira aqui e aprofunde mais a discussão aqui Depois postarei o resultado.

CARROS E BABAQUICES








Não entendo a “paixão” que as pessoas têm por carros. Passei minha vida sem carro, quando adquiri um foi pela necessidade, e claro porque tinha a condição financeira para tal. Mas se eu não possuísse um carro, seja lá por qual razão, certamente eu não andaria deprimido ou me sentido inferior socialmente por não ser um cara “motorizado”. 

O que eu estou tentando dizer é que vejo as pessoas considerarem o carro como um trampolim para a afirmação social, status e até para atrair mulheres. Não entendo!
Eu nunca tive nenhum envolvimento passional com carros. Pra mim sempre foi apenas um meio de transporte. Tudo que quero de um carro é que ele seja pequeno, fácil de estacionar, não dê problemas e gaste o mínimo de gasolina possível.

Sinceramente dirigir é extremamente angustiante, o trânsito é um inferno, você presencia todo tipo de barbaridade, opressão e preconceitos. Cito alguns: os que têm carrões contra os que têm carros mais simples ou velhos, os que têm carros contra os que não têm (ou pedestres, ciclistas), os que se acham o   p@#$% das galáxias só porque tem um carro. 
Meu deus, e a intolerância!!! É buzinas, xingamentos e tudo mais que você possa imaginar. Um verdadeiro inferno.


Em nossa sociedade o carro é tido como objeto de força, poder, velocidade, liberdade e conquista (inclusive de mulheres). E ai de você se der uma batidinha, um arranhão, ou até mesmo tocar no ídolo de quatro rodas de alguém. Babaquice!!!!!!


terça-feira, 28 de junho de 2011

FESTAS JUNINAS

Estamos encerrando as festas juninas, amanhã tem arraiá na maioria das escolas, muita festa, alegria e acima de tudo valorização da nossa cultura. Durante este mês participei de alguns eventos importantes, infelizmente devido ao meu tempo escasso não pude conferir todos que eu gostaria, mas foi muito proveitoso. Destaco o SALIPI, que aconteceu de 5 a 12 de junho no Complexo Cultural Praça Pedro II. 
Com o slogan “Leio, logo existo”, homenageou o escritor, professor e acadêmico da APL, Raimundo Santana. Participei da abertura do evento, na palestra do homenageado descobri que ele foi prefeito da minha cidade, Campo Maior. Que vergonha! Eu, metido a historiador e não saber que o Professor Santana foi prefeito de Campo Maior, entre 1951 e 1955. Fundou o Centro de Estudos Piauienses (1957), Movimento de Renovação Cultural do Piauí (1960), o Fórum Cultural do Piauí e a Fundapi - Fundação de Apoio Cultural do Piauí. Presidiu a Academia Piauiense de Letras (2000-2001), onde ocupa a cadeira número 32.
Mas, deixemos a vergonha de lado e voltemos ao assunto. Acompanhei também a palestra do escritor Laurentino Gomes, jornalista e escritor, autor dos livros “1808 e “1822. obras que já venderam mais de um milhão e 200 mil cópias. “1808”, é uma aventura literária que conta a história da vinda da corte portuguesa para o Brasil (no ano que dá título ao livro), na obra "1822", Laurentino estuda o processo que levou à declaração de independência, sob o protagonismo de Dom Pedro I, príncipe nascido em Portugal e futuro imperador do novo país. Neste livro o autor reserva um capítulo para a BATALHA DO JENIPAPO, ocorrida em 1823, na minha querida Campo Maior. É importante ressaltar que a Batalha do Jenipapo foi imprescindível para para a independência do Brasil, fato que poucos conhecem e Laurentino fez questão de resgatar em seu livro. Bem, além de tanta cultura a noite foi muito descontraída, o professor Cineas  estava impagável, enfim, um belo evento.
Não posso esquecer do CIDADE JUNINA, que aconteceu de 06 a 12 de junho. O evento é uma das maiores festas de São João do Piauí e traz para seus visitantes muitas opções de lazer e cultura. Durante os sete dias de realização, os visitantes puderam se divertir com o parque de diversões, praça de alimentação com comidas típicas, palco cultural e 50 estandes de artesanato, confecções, acessórios e outros negócios. Participaram da grande final as quadrilhas Flor de Caipira, de Regeneração; Chapadão do Corisco de Teresina; Balanço Matuto, de Teresina; Lua de Prata, de Demerval Lobão; Rei do Cangaço, de Parnaíba e Lumiar, também de Parnaíba, que foi a grande campeã.









O que mais me encantou foi a apresentação do Vagner Ribeiro à frente do grupo VALOR DE PI. Eu conheci, de vista, o Vagner nos meus tempos de UFPI, onde ele já esbanjava o seu talento. Dei uma bizuiada no Blog do grupo (confira aqui ) e corroboro tudo que li no site, o grupo desnuda a cultura piauiense. Sério! Após assistir ao espetáculo você sai orgulhoso de ser nordestino.


No universo da diversidade cultural do Piauí pesquisado por Vagner Ribeiro se encontra gente que desnuda a linguagem política da terra com uma grandeza singular. No musical "O Piauí Contando História", o artista com a banda Valor de PI, consegue transpor com espontaneidade, linguagens e expressões de gente que sente o cheiro do sol, que inventa causos, que deseja o gorjeio dos sapos e que desnudam a terra de forma celestial.”

segunda-feira, 27 de junho de 2011

ESTUDAR VALE A PENA

Hoje recebi o e-mail abaixo:


BRASIL SÓ PARA OS BEM FORMADOS!!
Você estudou? Que mal feito! Pelo menos no Brasil!
O país vai bem, obrigado, pelos menos para os parasitas, os que nada produzem e os políticos!
EXEMPLOS:
Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês. Foi homenageado na Academia Brasileira de Letras!!
Tiririca : R$ 36.000,00 por mês, fora os auxílios e mordomias. É membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso!!
PORÉM:
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00!!!!!
Moral da História:
Os professores ganham pouco, porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como: LER, ESCREVER e PENSAR!!!!!
Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:

- Educação Física:
                      Futebol
- Música:
                      Sertaneja
                      Pagode
                      Axé
- História:
                      Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
                      Biografia dos Heróis do Big Brother
                      Evolução do Pensamento das "Celebridades"
                      História da Arte: De Carla Perez a Faustão
- Matemática:
                     Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha \Política
                     Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
- Português e Literatura :
                     ??????????????????????????????????????
- Biologia, Física e Química:
                     Excluídas por excesso de complexidade

Penso que sempre vale a pena estudar, principalmente nos dias de hoje, com a globalização, o fluxo de informações com velocidade alucinante e as culturas se inter-relacionando cada vez mais. Não devemos esquecer que é exatamente a falta de estudo, ou de valorização dele, que nos faz viver os problemas citados no e-mail.
Nunca a educação foi tão necessária e valorizada como nos dias atuais. Qualquer anúncio de emprego a exigência mínima é o ensino médio.
Somente através do estudo que aprendemos o que não sabemos. 
A verdade, é que se seguirmos a linha de raciocínio do e-mail acima estaremos focando somente a questão financeira, é um equivoco. O conhecimento é eterno, ninguém pode nos tomar. Nos dias atuais não só o conhecimento é avaliado, mas a formação também. Não importa a profissão, mas a qualificação. O estudo faz parte da especialidade que cada um de nós quer atingir. Seja qual for nosso destino a escola é o caminho, ou seja, o estudo vale  pena.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Eduardo e Mônica - O filme

Interrompi meu feriadão enforcado e alegado para avisar aos 3 ou 4 leitores desse Blog que teremos sempre um post por dia, de segunda a sexta, sábado e domingo eu estarei corrigindo provas ou planejando aulas. Mas pra não perder a viagem vou deixar aqui o vídeo da musica Eduardo e Mônica, inspirado no clássico do grupo Legião Urbana. Pô! Quem não gosta de Legião? A música Eduardo e Mônica está no álbum Dois, de 1986, e conta como dois jovens se conhecem, se apaixonam e depois refletem sobre seus relacionamentos e suas vidas. Ainda neste ano será lançado o filme Faroeste Caboclo, inspirado em outra canção de sucesso do Legião, que narra a trajetória de João do Santo Cristo, que sai de sua terra natal rumo a Brasília, onde entra no mundo do crime.. E tem mais, o próprio Renato Russo, líder da banda, ganhará um filme. Somos Tão Jovens, atualmente em pré-produção, mostrará a adolescência do cantor. Eu espero que façam um filme da música "Que País é Esse" ,escrita em 1978,  época em que Russo ainda fazia parte do Aborto Elétrico. Sim, me empolguei, vamos ao vídeo.






Pai corasão escreve com S ou Ç?


quarta-feira, 22 de junho de 2011

aluno problema/aluno com problema ... problema do/para o professor


Hoje foi dia de reunião pedagógica na escola, muito produtiva, coisa rara hoje em dia. No final discutimos sobre a indisciplina dos alunos, o desamparo familiar, a situação de vulnerabilidade deles perante as drogas, álcool, prostituição etc.
Quem trabalha com educação com certeza já se deparou com alunos rebeldes, indisciplinados, os dito alunos problema.

A dificuldade de aprendizagem de alguns alunos e o sentimento de impotência de nós professores para lidar com essa situação forma um círculo vicioso. Um círculo que se expressa em nossas lamentações, pois nos sentimos deprimidos e decepcionados. Tornando patente que as dificuldades dos alunos problema são similares às nossas, pois nós também nos sentimos impotentes para ensinar.

Sempre tratamos o fracasso escolar nos vitimando diante da situação, tratamos logo de lavar as mãos alegando que não tem jeito pois ele (o aluno) vem de uma família desestruturada. O que não deixa de ser verdade, mas o fato é que quanto mais, sonhamos com o aluno ideal, com a família ideal, com as condições ideais de ensino, mais nos deprimimos com a realidade da sala de aula, que diga-se de passagem ... É isso! Trabalhar com gente é difícil!


Hoje as famílias não são mais como antigamente. Casais se separam, opções sexuais diversas... nos deparamos com turbulências emocionais que muitas vezes não estamos preparados para encarar.

Eu sei que a idealização é importante pois precisamos acreditar no poder que a educação tem de ajudar a promover o desenvolvimento do ser humano. Por outro lado, essa idealização traz problemas, porque idealizamos uma situação que não existe.

É uma questão polêmica e muito complexa, mas quem trabalha ensinando inexoravelmente acaba aprendendo, comigo não foi diferente. Ao longo desses anos sofri muito, mas aprendi bastante também, tachei alunos com tal emblema e com o passar dos anos encontro eles em uma situação totalmente diferente do que eu imaginei, com carreiras profissionais promissoras, vida familiar estruturada, adaptado as regras sociais, etc.

Tive um aluno que quase me causou um enfarto e hoje está se formando em História e será um profissional muito melhor do que eu. Mas também tive alunos que eu imaginava que teriam êxito nos estudos e no entanto, por vários motivos, abandonaram a escola.

Digo isso porque ouço constantemente nas escolas onde trabalho, frases do tipo: “Não vai passar”, “tem que expulsar”, “esse aluno não quer nada”, "ponha-se pra fora da minha aula". Pois bem, primeiro não acredito que, como regra, exista alguém que não queira nada, talvez nos falta descobrir o que esse aluno quer. Segundo que a falta de estrutura familiar, por si só, não justifica o desinteresse dos alunos. Penso que pode até haver alunos sem jeito, mas são raríssimos .

Zapeando a internet encontrei uma matéria no Portal Cidade Verde a respeito desse assunto, trata-se do projeto Escola que Protege II   que pretende desconstruir conceitos negativos e construir culturas de paz nas escolas. O coordenador, meu colega, professor Jurandir Lima, afirma que o projeto visa o combate à violência dentro das escolas, e descontruir conceitos do tipo o aluno vagabundo ou o aluno que não tem jeito.

Bem, como o projeto será implantado em várias escolas em todo o Estado, dentre elas em três que são vizinhas a que eu estou como diretor e conheço bem os seus gestores, (CAIC Prof. Melo Magalhães, Unidade Escolar Moaci Madeira Campos e Unidade Escolar Domício Magalhães), vou acompanhar com o objetivo de aprender um pouco mais.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Transformando garrafas PET em artesanato

Há mais ou menos duas semanas que eu venho discutindo com os meus alunos o tema reciclagem e reaproveitamento de garrafas PET. Abordamos vários pontos como: distinguir no lixo embalagens que podem ser reaproveitadas e/ou recicladas; descobrir possibilidades de reciclagem/reutilização das embalagens PET e compreender a importância da coleta seletiva.

Eu sempre quis trabalhar esse tema, pois hoje em dia o uso desse tipo de embalagem é muito grande. Em sua maioria os materiais plásticos ocupam muito espaço nos aterros devido a dificuldades de compactação e por sua baixa degradabilidade. As embalagens plásticas lançadas indevidamente no ambiente contribuem para entupimentos, propiciam condições de proliferação de vetores, prejudicam a navegação marítima e agridem a fauna aquática, além de causarem mau aspecto estético.

Eu lembro que quando eu era criança, lá em casa sempre reaproveitávamos as latas de flandres e outras embalagens. Atualmente observamos que o uso das embalagens PET está crescendo e substituindo embalagens como: latas de flandres, vidros e outros.
È comum observarmos o PET em garrafas de suco, refrigerantes, óleos vegetais, água mineral.   
Pois bem, depois de muita pressão, digo, discussão, os alunos apresentaram os produtos que fizeram reaproveitando as embalagens. Para melhorar, a minha colega, professora Solange, levou a idéia para as outras turmas, de modo que todas as sèries participaram.
O resultado foi uma variedade de produtos: porta-trecos, flores, porta-canetas, potinhos. A criatividade rolou solta. O mais importante é que refletimos sobre a importância da reciclagem, pois cada vez mais se faz necessário o cuidado e a atenção com o meio ambiente.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O ESTADO MÍNIMO ATACA DE NOVO, POR MERLONG SOLANO

Neste inicio de semana, resolvi publicar (o que já fiz antes) o mais recente artigo do Professor Merlong Solano. Não escondo a satisfação e a honra de tê-lo tido como professor e até hoje o considero um mestre amigo. Atualmente ele se encontra licenciado da UFPI, pois foi eleito deputado estadual e convidado pelo governo para gerir a Secretaria das Cidades. Mas pra mim continua professor, exemplo de dedicação, de doação, de dignidade pessoal. Nunca foi arrogante, nunca se vangloriou e sempre soube ensinar. Segue o texto na integra, para conhecer mais sobre o autor click aqui.

Existem razões em abundância para o cidadão reclamar do Estado no Brasil. A qualidade da educação pública, considerando o investimento feito, poderia ser melhor; são grandes as filas para cirurgias no SUS; a insegurança preocupa número crescente de famílias; o poder judiciário é visto como ambiente de privilégios que acoberta os ricos com o manto da “justiça”, enquanto o legislativo é caro e avaliado com desconfiança pela maioria das pessoas.

Nenhuma destas preocupações está na base dos fundamentos da matéria em que a revista Época, de 13/06/11, questiona a presença do governo federal na economia brasileira. O que aparece mesmo, com toda ênfase, é a defesa do velho liberalismo e o seu bordão mais conhecido, o do Estado Mínimo. A matéria tenta demonstrar a existência de uma espécie de capitalismo de Estado no Brasil. Na falta de fundamentos embasados em boa análise econômica, a revista inventa uma categoria analítica chamada “empresas sob influência do governo” e aplicando este conceito, tão firme quanto areia movediça, chega ao número de 675 empresas influenciadas pelo governo federal.

Com o fim de atingir o objetivo previamente definido, isto é, demonstrar o gigantismo do governo na economia, a revista arrolou todas as empresas que contam com algum tipo de participação acionária do governo e de suas principais estatais: o BNDES, Banco do Brasil, a Caixa, Eletrobrás e Petrobrás.  Se apropriando do patrimônio de milhares de trabalhadores, a “metodologia” da revista também classifica como empresa sob influência do governo todas as que tiveram ações compradas por qualquer dos fundos de pensão dos empregados das estatais referidas acima.

  A fragilidade da “pesquisa” está evidenciada nas tabelas publicadas a partir da pag 72. Como empresas sob “influência do governo federal” aparecem, dentre outras: a AGESPISA, da qual o governo federal tem 1,2% do capital; a AMBEV, da qual o governo federal tem 3,8% do capital; o BRADESCO, do qual o governo federal tem 3,7% do capital; a BRADESPAR, da qual o governo federal tem 1,2% do capital; a BRASIL TELECOM, da qual o governo federal tem 0,6% do capital.

Por este caminho tortuoso segue a revista misturando na mesma panela empresas estatais, com empresas das quais o governo possui ações, com empresas das quais as estatais possuem ações e com empresas das quais os fundos de pensão dos empregados das estatais possuem ações. Nem mesmo tiveram o cuidado de selecionar as participações majoritárias, pois empresas em que o governo ou as estatais têm participação mínima também estão relacionadas. Até a CLARO, onde a participação acionária do governo aparece como negativa (-0,05%) está na lista(pag 76).

Para completar o serviço a matéria soma o faturamento total das 628 empresas não financeiras (ditas sob “influência do governo”), inflando assim a participação governo na geração do PIB, que seria de 30%. Ora, o engodo está aí evidenciado; mesmo que estas empresas fossem 100% estatais, 70% do PIB do setor não financeiro ainda seria privado. Agora, o que dizer de conclusivo sobre a participação do Estado na economia com base numa lista que mistura empresas totalmente do Estado, a exemplo da CAIXA e da EMBRAPA, com empresas privadas onde o Estado tem participação acionária mínima?

Evidenciando grande desconhecimento da realidade brasileira, a revista – ao criar este conceito de empresa sob influência do governo – se esquece que, de acordo com a legislação, todas as empresas legalmente constituídas sofrem diversos tipos de influência do governo, em razão das políticas públicas que impactam a economia. Alguns exemplos: o salário mínimo é votado em lei e seu cumprimento é fiscalizado pelo ministério do trabalho; a legislação previdenciária; a legislação tributária; as políticas fiscal e monetária, etc.

Trata-se pois de matéria de cunho panfletário que tem o objetivo de tentar retirar da defensiva, no campo político, as forças privatistas enfraquecidas pelas severas derrotas sofridas em 2002, 2006 e 2010. Precisamos ficar atentos. Não é o caso de fazer a defesa do estatismo (afinal o corporativismo também prejudica a sociedade), mas de combater a ideologia do Estado Mínimo e buscar os ganhos advindos do Estado Necessário. Um Estado que atua em áreas econômicas de interesse estratégico, que é capaz de regular, incentivar e fiscalizar as atividades privadas e de prestar bons serviços em áreas de interesse público, tais como educação, saúde, ciência e tecnologia, cultura, justiça e segurança.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O uso da informática na educação

Hoje ao conversar com meus alunos do C. E. Cônego Jesus de Moura Soares, percebi que eles estavam eufóricos, quis saber o motivo e eles me disseram que tinham concluído, com o auxilio do Professor Jeferson, a inscrição no programa Aluno Integrado.
Diante do fato eu fiz uma rápida pesquisa internetal sobre o referido programa e aprendi que é na verdade um curso de qualificação profissional em tecnologia digital, na modalidade à distância, para alunos da rede pública de ensino. Tem como objetivo principal oportunizar a alunos de escolas públicas, qualificação no âmbito das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Após o curso os alunos estarão aptos a atuarem como monitores nos laboratórios de informática e no auxílio às rotinas educacionais e pedagógicas realizadas pelos professores, além de potencializar a inserção do estudante no mercado de trabalho.

Gostei muito do conteúdo programático:

Módulo 1 - Introdutório (20h): Educação a Distância, Sociedade em rede e Evolução da Informática.
Módulo 2 - Hardware (60h): Introdução ao Hardware, Processador, Memória RAM, Componentes Gráficos e Barramentos.
Módulo 3 - Sistemas Operacionais (60h): Introdução aos Sistemas Operacionais, Gerenciamento de Processos, Gerenciamento de Memória, Gerenciamento de Arquivos, História dos Sistemas Operacionais e Sistemas Operacionais Modernos.
Módulo 4 - Manutenção de computadores (40h): As unidades deste módulo são: Adote uma postura preventiva, Upgrade de componentes, Resolução de problemas de hardware e Erros típicos de montagem.

Considero importante tal investimento, pois é fato que o uso das TICs está em expansão no Brasil e no mundo. Isso significa que mais profissionais qualificados serão necessários para dar conta da demanda em ambientes educacionais, empresas e outras instituições.
Como disse anteriormente, considero essencial tal investimento, pois é inegável que diante do avanço tecnológico precisamos cada vez mais utilizar o computador como recurso didático para as práticas pedagógicas nos diversos componentes curriculares.
Mas também temos que ressaltar que muito ainda precisa ser feito pois, embora muitas escolas possuam essas tecnologias disponíveis, as mesmas não são utilizadas como deveriam, ficando muitas vezes trancadas em salas isoladas longe do manuseio de alunos e professores.
Esta parceria entre educação e tecnologia é muito difícil de ser efetivada. No que se refere a tecnologias digitais, principalmente, os professores mais conservadores tem dificuldade de interação. Eles já admitem utilizar o computador e a internet para preparar suas aulas, mas não conseguem ainda utilizar os mesmos nas suas atividades em sala de aula, como instrumento pedagógico.
Para que se implemente uma política eficiente de ensino especializado em informática, não basta saber utilizar bem as ferramentas. É desejável que gestores e professores tenham um planejamento consistente e objetivos bem definidos a fim de se alcançar resultados adequados.
A Informática deve fazer parte do projeto político pedagógico da escola, projeto esse que define todas as pretensões da escola em sua proposta educacional.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

As agruras da docência


A propósito do que comentei aqui sobre as agruras da docência, lembrei que estou acompanhando um formando em História da UESPI, o professor Marcos, iniciante no magistério. É um jovem idealista e cheio de garra.
Ele iniciou o estágio acompanhando minhas aulas e depois assumiu as turmas do ensino médio sob minha supervisão. Eu procuro deixá-lo a vontade, ele escolhe os conteúdos, faz o planejamento, escolhe os métodos e técnicas de trabalhar, enfim, tem toda autonomia.
Quando iniciamos o estágio, a primeira coisa que falei pra ele foi mais ou menos que “o processo de aprender a ensinar se dar a partir do exercício da profissão” e que ele procurasse não incorporar a sua pratica os meus vícios, que tentasse sempre testar varias formas de trabalho, procurasse sempre se reciclar pois a sua formação seria continua. Disse isso porque tenho consciência que a trajetória inicial de qualquer profissão gera anseios, incertezas e medo de errar. O professor iniciante geralmente está cheio de perspectivas e vê a escola como lugar, cujo espaço constrói concepções e saberes.
 Lembrei da frase: “devido à conjuntura da escola esse jovem profissional acaba se engessando, seguindo os professores mais antigos e no final ele acaba se adaptando a cultura da escola”. Não quero que isso aconteça com ele nem comigo.
Hoje perguntei ao Marcos qual o conteúdo que ele iria trabalhar com os alunos, ele me disse que seria A REVOLUÇÃO RUSSA DE 1917, então fomos para sala, fiquei só observando e relembrando o meu tempo de estagiário. Destaque para o idealismo, a vontade de mudar o sistema, o capricho na exposição dos conteúdos. Uma coisa que me chamou a atenção foi a utilização de recursos tecnológicos, como o notebook e o data show. Percebi como a Professora Maria Regina Guarnieri tem razão, pois eu continuo aprendendo.
Devido aos fatores expostos pela a autora eu inda não tinha incorporado estes recursos em minhas aulas, pelo menos pelos não naquela turma, mas o Marcos o fez, e ao observar os resultados, sai da aula inspirado a fazer o mesmo.
















quarta-feira, 15 de junho de 2011

APRENDENDO A ENSINAR

                  Esse livro é um conjunto de cinco artigos que discutem as dificuldades vividas pelos professores, mostrando-os como protagonistas do seu desenvolvimento profissional. Nesses artigos podemos compreender melhor o trabalho do educador, discutir a formação docente e observar algumas experiências bem sucedidas em sala de aula, além do uso de novos recursos didáticos que podem ser úteis na rotina escolar. 

 Maria Regina Guarnieri, organizadora do livro, afirma que é no exercício da profissão que se consolida o processo de formação docente. 
Porém, devemos lembrar que para nos tornarmos um bom profissional da educação, temos que trazer para o exercício da profissão certa “bagagem” teórico-metodológica, além de ter passado por um bom estágio.
É fato que a velha dicotomia teoria X prática ainda impera na formação docente no Brasil. A organizadora do livro tem razão quando afirma que “o processo de aprender a ensinar se dar a partir do exercício da profissão”, porque a deficiência nas  disciplinas de métodos e técnicas de ensino nas licenciaturas é muito grande, tanto a coordenação destas, quanto os estudantes, dão prioridade as matérias específicas do seu curso em detrimento das cadeiras didático-pedagógicas.
Um aspecto importante do primeiro capítulo do livro é a afirmação da autora sobre a mudança sofrida pelo professor iniciante. Segundo ela, devido à conjuntura da escola esse jovem profissional acaba se engessando, seguindo os professores mais antigos e no final ele acaba se adaptando a cultura da escola.
Um agravante é que no Brasil o professor não recebe uma formação que lhe prepare para assumir uma postura crítica e inovadora em sala de aula, segundo ela, a baixa auto-estima dos professores se inicia logo na graduação e quando estes chegam à escola recebem apenas o “tiro de misericórdia”. Claro que há exceções, o professor recebe várias influências ao longo de sua carreira, desde a educação básica, passando pela sua formação, experiência profissional, etc. O educador está sempre  num processo contínuo de formação.
No segundo artigo do livro a autora relembra que o professor é um ser social e aponta a influência que este recebe da sociedade o que termina incrustando o modelo tradicional no cotidiano do trabalho docente. Ressaltamos que a docência na maioria das vezes acaba em rotina, onde os saberes dos professores cristalizam-se, ficam repetitivos o que termina levando a um trabalho alienado.
A formação do professor é um processo complexo que incorpora as influências que ele recebe ao longo da vida, na escola, na universidade. Antes de ser professor nós também já fomos alunos, filhos.
Um trecho que merece destaque é a comparação que a autora faz das professoras personagens dos filmes “A vida é bela” e Central do Brasil!”, coincidentemente chamadas Doras, segundo a autora, elas  representam duas professoras marcadas “ pelos males de seus tempos e espaços históricos” .

Precisamos ressaltar a importância da reflexão no exercício da docência. Ser professor, assim como ser aluno, implica numa relação de cumplicidade onde ambos buscam o conhecimento. O pensamento reflexivo configura-se num fim educacional do “ensinar a pensar”, tornando os professores capazes de refletir de forma crítica sobre a própria prática. Mas não podemos esquecer que isso só ocorre quando há uma formação de qualidade adicionada a valorização da profissão por parte do Estado, para que o futuro docente seja preparado para ser um verdadeiro educador, e não tenha vergonha der ser chamado de professor.
Dentre as ações que melhorariam significativamente tal realidade a autora destaca: formação inicial e continuada, condições de trabalho, salário entre outras.
Os capítulos finais do livro abordam experiências inovadoras utilizadas em sala de aula, como o uso de dramatizações e recursos audiovisuais que apresentam resultados animadores. È inegável que a dramatização desenvolve a criatividade e a espontaneidade dos professores e conseqüentemente dos alunos.
Ressaltamos que o simples uso de recursos tecnológicos, como o vídeo e o computador, por si só, não tem o poder de melhorar a qualidade da educação. Devemos está capacitados, visto que, a função básica das tecnologias da informação e comunicação não é substituir a aula ou o professor, apenas auxiliar-lo.
O livro “Aprendendo a Ensinar”, é o resultado de várias pesquisas sobre “ o caminho nada suave da docência”.





terça-feira, 14 de junho de 2011

BRASIL SEM MISÉRIA, POR MERLONG SOLANO

Recebi esse artigo do Professor Merlong Solano onde ele analisa o Programa Brasil sem Miséria:
Mesmo com a economia crescendo e gerando empregos, de modo jamais visto no Brasil, fato que reduz a pobreza, o governo Dilma vai além ao aperfeiçoar e ampliar a política de combate a pobreza executada no governo Lula. Com a missão de desenvolver ações focadas nas famílias mais desamparadas, ao ponto de terem até dificuldade de saber da existência de programas sociais a elas direcionados, a presidente Dilma lançou o Programa Brasil sem Miséria.
 Seu objetivo estratégico é, até 2014,  retirar da miséria 16,2 milhões de famílias que têm renda de até R$ 70,00 por pessoa. Governo de partido que tem projeto e compromisso não deixa tarefa pelo caminho. Compromisso assumido na campanha, trabalho executado no governo: com o operário Lula, 28 milhões de pessoas saíram da miséria e 36 milhões ascenderam à classe média. Agora, com a mulher Dilma, trata-se de completar a obra e retirar a miséria de pauta no Brasil. A partir de 2015 a tarefa social maior será a de levar mais famílias para a classe média.

O programa Brasil sem Miséria (BsM) nasce de compromisso político, mas não resulta de improviso. É continuidade, ampliação e aprofundamento de ações testadas e aprovadas. O BsM acertou na construção clara da meta, na definição do horizonte temporal, circunscrito ao governo Dilma, o que deixa patente que não se trata de anunciar objetivos bonitos e vagos, sem orçamento, sem metas e sem temporalidade. A presidente anuncia o objetivo e ela se dispõe a alcançá-lo até 2014.

O BsM parte do correto pressuposto que as famílias mais desamparadas estão espalhadas pelo Brasil, às vezes invisíveis às áreas bem planejadas das cidades. Com efeito, elas estão na zona rural, em pequenas cidades e na periferia de grandes cidades. Todavia, querendo uma ação mais assertiva a presidente deseja que os agentes do Estado se desloquem até às famílias; daí a decisão de aperfeiçoar o mapeamento da pobreza no Brasil como o objetivo de identificar as pessoas mais pobres, saber seus nomes e seus endereços.

Sendo pra valer, e não pra inglês ver, o BsM tem orçamento certo, 20 bilhões/ano do OGU que serão investidos em ações distribuídas em três eixos: distribuição de renda; inclusão produtiva e acesso a serviços públicos. As ações anunciadas foram concebidas considerando as metas a serem atingidas no campo e nas cidades.
Para o campo o BsM garantirá as seguintes, dentre outras:
Ø      Assistência Técnica: cada grupo de mil famílias de agricultores terá assistência de um técnico de nível superior e 10 técnicos de nível médio.
Ø      Fomento e Sementes: cada família recebera sementes e R$ 2.400,00 para compra de insumos e equipamentos.
Ø      Projeto água para todos: água para 750 mil famílias por meio de cisternas e sistemas simplificados coletivos.
Ø      Ampliação do programa de aquisição de alimentos de 66 mil para 255 mil famílias.
Ø      Compra da produção por órgãos públicos.

Nas cidades o Brasil sem Miséria terá como ações de maior destaque:
Ø      Qualificação de mão de obra por meio do PRONATEC.
Ø      Intermediação pública de mão de obra.
Ø      Apoio à organização dos catadores de material reciclável.
Ø      Apoio ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas.

Finalmente, o Brasil sem Miséria ampliará, no campo e nas cidades, o número de famílias beneficiadas em diversos programas, a saber: bolsa família; Brasil Alfabetizado; Saúde da Família; Brasil Sorridente; o Mais Educação e a Rede Cegonha.

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