quinta-feira, 1 de agosto de 2013

É UM PÁSSARO! É UM AVIÃO! É FILHO DE JOR-EL.

Confesso que ando meio ausente do cinema, (o que não é novidade) e ao retornar dei logo de cara com a mais nova adaptação dos quadrinhos para as telonas, O Homem de Aço.(com prerrogativas de professor).

É isso mesmo, o bom e velho Super-Homem está de volta, agora repaginado, com novo intérprete, nova roupa, sem a icônica cueca por fora, mas com dilemas comuns ao mais reles dos mortais, do tipo "de onde venho? Quem sou eu?".

As lutas são um show a parte, onde vemos a batalha entre deuses, de uma maneira que qualquer fã de quadrinhos imaginou na vida real. As cenas de Kripton foram muito boas, mostrando Jor El (Russell Crowe) não só como cientista, mas como guerreiro, guiando-o para tornar - se a esperança de Kripton e da humanidade.

O filme apresenta um discurso ecologicamente correto bem claro, bons diálogos ("Se você ama tanto essas pessoas, pode chorar a morte delas.") além de efeitos especiais de cair o queixo.

Eu pessoalmente torci o nariz para associação do Superman com Jesus Cristo, mas tudo bem, no filme o Homem de Aço é enviado à Terra para guiar-nos, incompreendido e temido pelas forças vigentes. Configurando-se num herói dividido entre dois pais, dois planetas e dois nomes, mostrando os dilemas morais, a fé e muito mais.

Há pelo menos três passagens que não deixam margem a dúvidas: Superman é Jesus Cristo (o vitral da igreja, a menção à idade e a partida cruciforme da nave de Zod). É aí que entra o realismo de Nolan: no interesse pelas implicações filosóficas, sociais e religiosas da descoberta de que não estamos sozinhos no universo.


Merece destaque a atuação de Michael Shannon, seu General Zod é obcecado e irredutível, é sem dúvida um dos melhores vilões que já vimos em qualquer filme baseado em quadrinhos.


Um filme que alterna cenas eletrizantes e emocionantes, destaque para a cena de Jonathan Kent, não tem como segurar as lágrimas, mas, ao mesmo tempo não tem como não rir na cena em que Zod "mexe" com a mãe do Clark .


Enfim, é um excelente filme, tirando a crepusculização do cinema, sim porque agora todo protagonista tem que parecer com o peito em chamas, mas deixa para lá. Espero que no próximo tenhamos como vilão, Lex Luthor, senti falta.