segunda-feira, 11 de julho de 2011

I SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO: TRAVESSIA PARA UM MUNDO DE DESCOBERTAS – PARTE 2

Continuando o resumo sobre o I Seminário de Educação(cofira a parte 1 aqui), gostaria de falar sobre a palestra do Deputado pelo Maranhão Gastão Vieira. É o seguinte, muitas coisas que ele falou eu concordo outras não. O deputado falou que a lei não será aprovada esse ano, pois está na Câmara, depois irá para o Senado, lá os senadores irão modificá-la e terá que retornar a Câmara, ou seja, só para 2012, o que é muito ruim.
Mas primeiro vamos falar  um pouco sobre o que é o PNE (confira aqui). Em 2009, educadores e gestores públicos de várias esferas de governo se mobilizaram em conferências municipais e estaduais para discutir a base desse documento, que norteará os rumos da Educação no Brasil. As sugestões chegaram à Conferência Nacional de Educação (Conae), realizada entre os dias 28 de março e 1º de abril, em Brasília, e foram discutidas por cerca de 3 mil representantes de todas as regiões do país. 

As propostas aprovadas foram compiladas em um documento que foi encaminhado pelo Ministério da Educação (MEC) ao Congresso Nacional. Ele servirá de base para a elaboração do novo PNE, que depois de aprovado em plenária e sancionado pela presidenta da República se tornará lei federal e determinará as metas, as prioridades e o planejamento da Educação nacional para a próxima década.

A expectativa é que o novo plano contemple desafios antigos - como a erradicação do analfabetismo e a ampliação do acesso à Educação Infantil e ao Ensino Médio - mas traga também novidades, como a implantação do Custo Aluno-Qualidade inicial (CAQi), que estabelece patamares mínimos de investimento e infraestrutura para garantir a qualidade em todos os níveis de ensino. Confira as metas aqui.

Pois muito bem, o deputado Gastão Vieira é presidente da comissão especial que está analisando a lei do PNE, ele abriu a palestra agradecendo o convite do governo do Piauí, disse que o nó da educação pública brasileira é fazer com que todas as escolas tenham qualidade, pois o Brasil está muito abaixo no quesito qualidade do ensino. Gastão Vieira disse não entender porque estamos tão mal na qualidade do ensino se temos o melhor programa de livro didático do mundo, merenda para todos os alunos, FUNDEB “onde estamos errando?”. Ele disse que quando foi secretário de educação do Maranhão fez tudo direito e o Estado não saiu do lugar. “O que fazer?”. Segundo ele, a resposta é o PNE.

Para Gastão Vieira, o PNE anterior foi um fracasso, trouxe apenas alguns avanços pontuais, como o FUNDEF e um aumento significativo no salário do professor, de acordo com o deputado, antes tínhamos professores que ganhavam 1/3 do salário mínimo e com o PNE passaram a ganhar um salário mínimo.
Ele disse está confiante de que este novo Plano Nacional de Educação não irá fracassar, pois tem legitimidade, nasceu das propostas da sociedade civil organizada. Ao invés das 200 metas do plano anterior, este tem apenas 20, é mais enxuto, e o principal, segundo o deputado, o governo tem compromisso com o Plano.

Ele disse que irá lutar para implantar algumas mudanças na LDB para mudar o EJA, que segundo ele é uma chatice e os alunos não conseguem se interessar pelas aulas. Com relação ao ensino médio, o deputado disse que o ensino médio noturno precisa ser mudado, “21 matérias para o ensino noturno é demais, bastam apenas 4 matérias”.  Segundo ele, um aluno que passa o dia trabalhando vai para a escola a noite ver um monte de disciplina chata, outras que não tem professor, "não tem como, o cara desiste!".

Um ponto polêmico foi com relação a escolha de professores, o deputado disse que o sistema de escolha deveria ser semelhante a escolha de jogadores de futebol. deveríamos ter olheiro na educação, para selecionar professores talentosos, e mais, os primeiros colocados nos concursos deveriam ir para as piores escolas.
O deputado disse que deveríamos mudar o sistema de gestão das escolas dando-lhes mais autonomia, melhorar o currículo e o apoio didático. Ele disse que um dos maiores problemas que enfrenta na Câmara é que os movimentos organizados querem um Plano para o aluno ideal e não para o aluno real.

Os pontos que me preocuparam na fala do deputado foram: ele disse que a LDB deveria ser mudada para que o Estado, em situação de emergência, pudesse contratar qualquer profissional de nível superior para dar aulas, como por exemplo, engenheiros para dar aulas de matemática, química e física. Defendeu também a volta do positivismo, onde o professor receberia uma cartilha dizendo o que e como ele deveria ensinar. Essa cartilha seria toda voltada para os alunos terem êxito nas provas nacionais que geram os índices educacionais, ou seja, ao invés de prepararmos o aluno para a vida, prepararíamos para a Prova Brasil.
Bem o fato é que essa lei ainda vai ser muito modificada e sua aprovação ainda vai demorar muito, uma pena!.
As outras duas palestras foram com a Professora Joara que anunciou o programa de reforço escolar para os alunos do 3º ano, o mesmo cursinho popular do ano passado. Informou também que o programa de mediação tecnológica começará ser implantado em agosto. Ela disse também que vai haver eleição para diretor no final do ano e que o Estado do Piauí vai elaborar seu plano estadual de educação, informou também que todos os gestores serão avaliados.

O Professor Nonato iniciou a palestra com uma dinâmica. Com um livro na mão perguntou: quem quer esse livro? E todo mundo gritava eu!!!!!!!, Ele retrucava e todo mundo parado, até que uma professora levantou-se, correu ate ele e pegou o livro, moral da historia, todos nós queremos  mas poucos de nós tem a coragem de agir. O secretário Atila Lira chegou para encerrar o evento. Ele informou que haverá concurso para professor no segundo semestre. Disse que confia em nós para mudar a educação do Piauí. E finalizou dizendo: “É tanto problema que eu to pra correr”.

E foi assim, depois fomos para fora para os comes e bebes!

4 comentários:

  1. Infelizmente uma péssima escolha para o seminário.

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  2. É lamentável,estamos mas uma vez diante de um quadro negro na educação, não é mais aquele recurso didático da parede, e sim, a continuidade da precariedade no ensino.

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