terça-feira, 5 de julho de 2011

FILME NA AULA DE HISTÓRIA: GUERRA DE CANUDOS

Considero o filme uma ferramenta de apoio muito eficaz nas aulas de História, só não utilizo regularmente devido as condições técnicas e o tempo que é muito escasso. Sem dúvida o cinema aproxima os alunos de situações, pessoas, cenários e sons do passado e do presente. 
Mas é preciso saber explorar esse importante recurso pedagógico para que a aula não seja simplesmente uma sessão pipoca e caia no vazio. Exibir filmes para os alunos não se trata de pôr em segundo plano a leitura e a escrita, mas de incorporar um meio que facilita muito a aprendizagem e coloca o aluno em contato com uma nova maneira de pensar e entender a história.
Essa semana vou postar aqui alguns filmes que estou trabalhando com meus alunos. Vou começar pelo filme A Guerra de Canudos. Apesar de ser muito longo, esse filme nos ajuda a compreender o processo de implantação e consolidação da República. Narra um episódio muito significativo da história do Brasil: a população de uma região de poucos recursos naturais é abandonada à própria sorte. Quando esta mesma população se organiza para resolver seus problemas passa a ser vista como uma ameaça ao Estado.
Pretendo discutir com os alunos as causas gerais e as imediatas do confronto e os motivos da intervenção do Governo. Intervenção essa que configurou-se numa guerra que mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em 1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da povoação.
Gosto de trabalhar esse filme com os alunos por que: ele mostra o abandono do sertão nordestino por parte das autoridades governamentais da República; Caracteriza geograficamente a região onde ocorreu o conflito; Mostra elementos culturais importantes, como o coronelismo, o cangaço, a religiosidade popular, a literatura de cordel, sem falar na repressão violentíssima das autoridades governamentais e a resistência obstinada da população de Canudos.

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