quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PIAUÍ: AQUI NASCI, ME CRIEI, CAÍ, LEVANTEI E SANGREI

Foto: Juscelino Reis - http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
Hoje comemoramos o dia do Piauí (poderia ser 24 de janeiro ou 13 de março). (sobre o 13 de março já falei aqui) 

Considero salutar retirarmos um tempinho para refletirmos um pouco sobre este Estado pacato, complexado, pobre(?) e belo, haja vistas que estamos em meio a discussão sobre sua divisão.(já me posicionei sobre o assunto aqui) 

Foto:  http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
Quando falei em complexado é porque somos bairristas, fale mal de nós pra você vê! (Marauê Carneiro,
Paulo Zotollo, Mr. Manson que o diga).

Pra não perder o costume vamos a um tiquim de História:

Os portugueses chegaram ao Brasil no último ano do século XV, (1500), no século XVI eles chegaram ao litoral do Nordeste e no século XVII eles se espalharam pelo sertão nordestino criando gado.

http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
Como as fazendas eram muito grandes, as casas ficavam distantes uma das outras, dificultando o contato entre os moradores. As pessoas se reuniam principalmente durante os acontecimentos religiosos, como missas, novenas, casamentos e batizados. Dessa forma, as capelas se tornaram local de encontro, reunindo os habitantes para as festividades, o divertimento e o comércio.

http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
A primeira capela do Piauí foi a de Nossa Senhora da Vitória, (1696) construída nas terras da fazenda Cabrobó, de Domingos Afonso Mafrense. Em torno dela a população cresceu, dando origem à Vila da Mocha.



http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
Pouco depois da criação da Vila da Mocha, no início do século XVIII, o Piauí se tornou capitania (1718). Mas o primeiro governador, o português João Pereira Caldas, só chegou 40 anos depois, ou seja, a instalação da Capitania de São José do Piauí só se deu em 20 de setembro de 1759. 


http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
Com a chegada do primeiro governador, a Vila da mocha passou a cidade, com o nome de Oeiras, tornando-se a primeira capital do Piauí. Muitas outras capelas deram origem a vilas que depois também se transformaram em cidades.



http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
A história nos mostra que no Piauí, desde a colonização até hoje, a maioria das cidades nasceu de fazendas de gado que se desenvolveram e aumentaram sua população a partir da construção de capelas e igrejas.


http://photosetrilhas.blogspot.com/ 
No século XVII as terras piauienses eram administradas pela Capitania de Pernambuco. Com o crescimento da população, consequência da chegada de mais pessoas, aconteceram vários conflitos. 




Como o Piauí estava próximo a Capitania do  Maranhão e esta queria ampliar seu domínio, o Maranhão conseguiu com o Rei de Portugal autorização para administrar as terras piauienses no século XVIII.

Foto: Stanley Moore & Juscelino Reis - http://photosetrilhas.blogspot.com/ 

Chega! Só queria desejar PARABÉNS PIAUÍ !!!!


Que tenha muita saúde!


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

SER PROFESSOR

Amanhã, comemora-se (?) o dia do professor. Lembro com muita angústia o dia que comecei a lecionar, foi uma experiência terrível. Nada era como eu tinha imaginado.(já compartilhei a experiência aqui) .Mas ao longo dos anos fui descobrindo que a sala de aula é um espaço de autoconhecimento. Nela você tem o reflexo de quem você realmente é como pessoa.


Para encarar uma sala de aula, (O que não é para qualquer um) a pessoa deve estar em pleno equilíbrio emocional, esta ciente de quem é e de todas as suas fraquezas. E o que é mais importante, deve aceitar-se, pois os alunos descobrem suas fragilidades e as usam contra você.
Não lamento, tenho convicção que escolhi a carreira certa. (ASSIM COMO INCENTIVEI OUTROS ) Afirmo que a minha profissão é de suma importância para a transformação social que tanto almejamos e, portanto, deveria ser mais valorizada (em todos os aspectos, não apenas na questão salarial).

A valorização, dentre os vários aspectos positivos, atrairá pessoas realmente comprometidas e capacitadas para a função.
Não lamento ter escolhido ser professor, pelo contrário, tenho orgulho! Fico feliz quando ex-alunos, hoje formados e muito mais competentes do que eu, me fazem deferência e agradecem. Também, compreendo aqueles que não gostaram de ser meus alunos, pois aprendi a conviver com a diversidade de opiniões.

È importante ressaltar que dos quase dois milhões de docentes existentes no Brasil, nem todos podem ser chamados de professor.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM DO CHE GUEVARA SÍMIO

Devido aos problemas pessoais que estou enfrentando não tenho atualizado o Blog como deveria, mas faço um esforço e sempre que posso estou aqui.
Bem, dias atrás resolvi utilizar a minha prerrogativa de professor (olha só!) e fui ao cinema ver PLANETA DOS MACACOS: A ORIGEM. Gostei muito e estou absurdamente ansioso para assistir o renascimento da franquia que virá.

Constatei que durante todo o filme torcemos pelos símios, pois parecem ser mais humanos, (isso diz muito).
Vi o César (o macaco que protagoniza o filme) como uma espécie de Che Guevara dos símios, já que para muitos, ambos representam a rebeldia, a luta contra a injustiça e o espírito incorruptível.

 A luta insana da mãe de César na ânsia de protegê-lo faz com que a gente espere que a agressividade dela apareça nele, e durante um tempo essa é uma boa fonte de suspense. O fato é que César é assustador e ao mesmo tempo um líder altruísta e afável. ("Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás").

A maior vilã do filme é uma empresa farmacêutica que só pensa nos lucros. É a ganância da indústria, e os testes anti-éticos com cobaias, que serão o estopim pro desastre que vem no filme.

Planeta dos Macacos – A Origem joga com o paradoxo  da humanidade se destruindo graças aos seus erros e sua vontade de evoluir a qualquer custo, que cria esse conflito ético entre a ciência e a natureza, onde sempre o segundo mostra que o melhor é não interferir.

O filme nos faz refletir sobre preconceitos, ética e justiça. Acompanhamos emocionados a ascensão de Cesar de bicho de estimação a líder de uma raça subjugada.
Aos poucos César vai tomando consciência da importância da união e da mobilização: ("Macaco sozinho... fraco. Macacos juntos, forte.").
A primeira palavra proferida por César é simbólica, na verdade é um grito: “NÃO!”, que expressa ao mesmo tempo resistência à opressão humana e a incontrolável sede de liberdade dos primatas presos no abrigo para animais. De fato contagia, excita e inspira a todos que assistem. Quantas vezes nós não nos deparamos com situações que gostaríamos de bradar um estridente NÃOOOO!

Quando presenciamos a cena do vilão Dodge Landon dizendo: "Tire essas patas sujas de cima de mim, seu macaco nojento!”, temos a convicção de que torcer pelos símios é a atitude mais humana que devemos adotar.
Já estou roendo as unhas pelo próximo filme, vai ser interessante ver como os humanos perdem sua posição de raça superior do planeta terra e como primatas que no princípio só querem algum tipo mínimo de igualdade se transformam em bichos autoritários, supersticiosos e militaristas.
Em minha opinião César ainda vai proporcionar cenas memoráveis.