Antes de iniciar o tema deste
post eu quero ressaltar as palavras de Mário Sergio Cortella quando nos
relembra a diferença entre FALAR SOBRE
e FALAR DE:
Eu como a grande maioria dos brasileiros que já sofreram alguma forma de discriminação, podemos FALAR DE discriminação, mas um branco de classe média não pode. Ou seja, uma pessoa branca de classe média pode debater comigo SOBRE discriminação, mas apenas eu posso FALAR DE discriminação porque eu sofri na pele.
Eu como a grande maioria dos brasileiros que já sofreram alguma forma de discriminação, podemos FALAR DE discriminação, mas um branco de classe média não pode. Ou seja, uma pessoa branca de classe média pode debater comigo SOBRE discriminação, mas apenas eu posso FALAR DE discriminação porque eu sofri na pele.
Aliás, aqui já se falou muito disso:
Tem um filme que ilustra bem o
que eu quero dizer: QUE HORAS ELA VOLTA? Um filme para se pensar a
estratificação social no Brasil. Nele nós vemos uma realidade muito comum da
nossa sociedade.
Quem nunca viu uma patroa dizendo: A minha empregada é como se fosse da família.
Mas se olharmos de perto não é bem assim.
Vocês lembram do achincalhe que fizeram com a Senadora regina Sousa?
Click aqui para ler mais sobre o achincalhe:
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2016/05/regina-sousa-de-quebradeira-de-coco-tia.html
Já imaginou se essa empregada “da família” resolve sair da condição de submissão e comunicar por exemplo: próximo final de semana não virei trabalhar porque tenho que viajar para Canindé. Ou se um dia ela resolve informar a patroa: Não posso mais dormir no emprego, pois tenho que cuidar da minha filha doente.
Me lembrei agora do filme Historia Cruzadas, em que uma empregada trabalhou a vida toda na casa de uma família abastada, praticamente criou os filhos dessa família, e quando estava velhinha foi demitida e morreu sozinha abandonada.
Na maioria dos casos ela deixará de ser “da família” e conseqüentemente perderá o emprego. Esse termo “da família” entenda-se submissa. E é isso que o filme trata, ele mostra que o lugar da empregada na família dos patrões é menos de afeto e mais de submissão.
Vocês lembram do achincalhe que fizeram com a Senadora regina Sousa?
Click aqui para ler mais sobre o achincalhe:
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2016/05/regina-sousa-de-quebradeira-de-coco-tia.html
Já imaginou se essa empregada “da família” resolve sair da condição de submissão e comunicar por exemplo: próximo final de semana não virei trabalhar porque tenho que viajar para Canindé. Ou se um dia ela resolve informar a patroa: Não posso mais dormir no emprego, pois tenho que cuidar da minha filha doente.
Me lembrei agora do filme Historia Cruzadas, em que uma empregada trabalhou a vida toda na casa de uma família abastada, praticamente criou os filhos dessa família, e quando estava velhinha foi demitida e morreu sozinha abandonada.
Na maioria dos casos ela deixará de ser “da família” e conseqüentemente perderá o emprego. Esse termo “da família” entenda-se submissa. E é isso que o filme trata, ele mostra que o lugar da empregada na família dos patrões é menos de afeto e mais de submissão.
Que aquela empregada doméstica que se considera como “praticamente
da família” é sempre lembrada da posição subalterna que ocupa.
Eu também quero falar DO ódio ao
PT, e quero começar relembrando meus anos iniciais quando o Partido não ganhava
nada. Era mais candidaturas de protesto ao estilo PSOL e PSTU de hoje.
Quando
finalmente o PT chegou ao poder aqui no Piauí, percebi nos discursos dos
opositores algo diferente do que se praticavam, não era apenas oposição ao Partido e sim um ódio
as pessoas que antes eram ralé e agora eram autoridades. Eu vi gente da elite xingar
os petistas, ralé, que andavam de ônibus, fusca etc, e agora lançados ao status
de autoridades, moravam em palácios, andavam de carro oficial e isso causava ojeriza
na elite.
Eu, muito jovem, não entendia aquilo pra mim era algo natural. Oxe! Se eu era bancário, professor, ralé e agora sou autoridade no Estado, nada mais natural que eu usufrua das prerrogativas do cargo. Mas aquilo causava nojo na "nobreza". Olhavam para aquela ralé andando de carro oficial pra cima e pra baixo com um ódio visceral. Era inaceitável!
Eu, muito jovem, não entendia aquilo pra mim era algo natural. Oxe! Se eu era bancário, professor, ralé e agora sou autoridade no Estado, nada mais natural que eu usufrua das prerrogativas do cargo. Mas aquilo causava nojo na "nobreza". Olhavam para aquela ralé andando de carro oficial pra cima e pra baixo com um ódio visceral. Era inaceitável!
Como afirmou Paulo Henrique Amorim:
“,...A classe media não foi para as ruas
por causa da corrupção, a classe media foi para as ruas por causa do ódio que devota
ao PT, a classe media foi para ruas com medo de o filho da empregada tomar o
lugar (na universidade) e o emprego do
filho da madame”.
Fui levado ao PT pelo meu professor Merlong Solano , um grande mestre pra mim e que eu sempre tive orgulho de votar, atualmente concorre para deputado federal.
Confira aqui alguns post sobre o trabalho do professor Merlong:
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2011/06/brasil-sem-miseria-por-merlong-solano.html
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2011/12/complexo-de-vira-lata.html
Confira aqui alguns post sobre o trabalho do professor Merlong:
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2011/06/brasil-sem-miseria-por-merlong-solano.html
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2011/12/complexo-de-vira-lata.html
Na história do Brasil, sempre que
o salário mínimo e a renda média subiram, houve algum tipo de intento golpista.
O problema da elite não é com a corrupção, no Brasil, a constatação de que a
escravidão foi excessivamente longa já sinalizava que o arranjo da sociedade é
deveras estamental. Políticas progressistas sempre encontraram fortes barreiras
conservadoras.
O ódio disseminado na sociedade e
nas mídias sociais, não é tanto ao PT, mas àquilo que o PT propiciou para as
grandes maiorias marginalizadas e empobrecidas de nosso país: sua inclusão
social e a recuperação de sua dignidade. Não são poucos os beneficiados dos
projetos sociais que testemunharam: “sinto-me orgulhoso não porque posso comer
melhor e viajar de avião, coisa que jamais poderia antes, mas porque agora recuperei
minha dignidade”. Esse é o mais alto valor político e moral que um governo pode
apresentar: não apenas garantir a vida do povo, mas faze-lo sentir-se digno,
alguém participante da sociedade. Fonte: (https://mentirapolitica.wordpress.com/tag/leonardo-boff/)
Como afirmou Leonardo Boff: “Antecipo-me aos críticos e aos moralistas:
mas o PT não se corrompeu? Veja o mensalão? Veja a Petrobrás? Não defendo
corruptos. Reconheço, lamento e rejeito os malfeitos cometidos por um punhado
de dirigentes. Devem ser julgados, condenados à prisão e até expulsos do PT.
Traíram mais de um milhão de filiados e principalmente botaram a perder os
ideais de ética e de transparência. Mas nas bases e nos municípios – posso
testemunhá-lo em dezenas de assessorias – vive-se um outro modo de fazer
política, com participação popular, mostrando que um sonho tão generoso não se
deixar matar assim tão facilmente: o de um Brasil menos malvado, mais digno,
justo pacífico. As classes dirigentes, por 500 anos, no dizer rude de
Capistrano de Abreu, “castraram e recastraram, caparam e recaparam” o povo
brasileiro. Há maior corrupção histórica do que esta?”. Fonte: (https://mentirapolitica.wordpress.com/tag/leonardo-boff/)
O Brasil vive um momento de luta
contra a corrupção. Nunca se falou tanto nesta luta e nunca se viu tanta gente
engajada, mesmo que uma pesquisa tenha revelado que sete em cada dez
brasileiros admitam já ter cometido atitudes corruptas em situações cotidianas.
O ato foi admitido por 67% dos entrevistados, enquanto 75% afirmaram que
conhecem alguém que já cometeu essa atitude.
É inegável que a operação Lava
Jato é a arma mais eficiente que temos no momento na luta contra a corrupção. Mas
não podemos fechar os olhos para os abuso e os perigos que tal operação vem
trazendo para a democracia brasileira.
Começaremos pelo mecanismo da
delação premiada, que em sua maioria os acusados estão presos e são forçados a
delatar. Vejamos uma frese perigosa do procurador da República Manoel Pastana.
Segundo ele, falando sobre as prisões que forçavam os presos a delatarem, “passarinho pra cantar precisa estar preso”.
Como afirmou Wagner Francesco: “Muitas críticas são feitas a esta prática visto que pressionar os
acusados para que façam a delação é transformar o Direito Penal em
responsabilidade objetiva. Prende-se o acusado para que, depois, este se
defenda contando tudo o que a autoridade deveria descobrir por ela mesma. E por
que por ela mesma? Pela simples razão de que, no Estado Democrático, o réu não
precisa provar nada. Não há inversão do ônus da prova. Simples assim. Quem deve
provar é a acusação. Tal função compete ao Ministério Público”. Fonte: (https://wagnerfrancesco.jusbrasil.com.br/artigos/355650824/uma-analise-juridica-sobre-a-operacao-lava-jato)
No entanto, o maior problema das
delações premiadas na Lava Jato certamente é a sua publicidade. O artigo 7º da
Lei 12.850 diz que “o acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso
assim que recebida a denúncia”. Isto é, que alguém vai fazer delação premiada e
o seu conteúdo só pode torna-se público quando todas as coisas que foram
informadas são investigadas, comprovadas e a denúncia é aceita pelo juiz.
O que acontece na Lava-Jato? A
mídia divulga antes, ou tão logo a delação é feita, que fulano fará a delação
e, em muitos casos, ainda divulga o conteúdo da delação. Um flagrante absurdo
jurídico.
O poder judiciário tem que ser
imparcial. E além de imparcial, tem que ser rigoroso na defesa da Lei, pois não
se derruba a corrupção corrompendo o ordenamento jurídico com prisões ilegais e
delações irregulares.
Já falamos sobre isso aqui
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2018/04/o-poder-lei-e-politica.html
Já falamos sobre isso aqui
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2018/04/o-poder-lei-e-politica.html
Um outro grande problema é o ativismo
judicial que além de caracterizar o magistrado como um protagonista da
atividade política, faz com que este perca sua imparcialidade, pois o juiz
competente ao concretizar politicamente sua visão, em especial sua ideologia,
afeta e reflete, conseqüentemente, suas decisões .
Juntemos tudo isso com a politização
da Mídia. É crucial levantar o debate
sobre a opinião pública, pois é dele que decorre as condenações prévias da
sociedade e as cobranças sociais sob os juízes. Deste modo, a opinião pública,
é realizada por meios de veículos de comunicação privados, e tem sua ideologia
própria de mercado, desde modo diz Martino: “Se a opinião pública é formada por elementos externos a ela, a mídia,
então essa opinião não é ‘pública’, mas é o discurso produzido por um grupo e
lançado sobre um público”. Fonte: (http://www.cidp.pt/publicacoes/revistas/rjlb/2017/6/2017_06_1631_1658.pdf)
Vale ressaltar o fato em que
membros de acusação e do judiciário se utilizam da grande mídia para tentar ter
apoio social, precisam em primeiro lugar por óbvio, ter o apoio da mídia e, a
mídia para divulgar essas acusações precisam ter um retorno econômico, que seja
lucrando para veicular essas informações com maior venda de jornais revistas,
aumentando a comoção social para melhor vender seus espaços publicitários, ou
seja no plano de um interesse ideológico político, que atenda os anseios dos
grupos que a patrocinam.
Desta feita, é caracterizado o
juízo de exceção quando funcionários públicos, membros da Policia Federal,
Ministério Público, Poder Judiciário, se utilizam do processo, para politizar e
manobrar a opinião pública, em favor de sua investigação, ainda sem provas
concretas, em conluio com a mídia e com interesses políticos, já condenam
previamente os acusados, e deixam que o processo seja apenas uma teatralidade,
sendo que esses órgãos públicos, já almejam um resultado final para o processo,
qual seja a condenação do acusado.
Tudo isso pode ser visto no filme Marketin da
Lava Jato e na serie também
Foi ato político, por exemplo, a
decisão do juiz Sérgio Moro de derrubar o sigilo e divulgar, às vésperas do
impeachment, a conversa entre a ex-presidente Dilma Rousseff e Lula.
Já falamos sobre isso aqui
http://cacimbaodahistoria.blogspot.com/2018/04/as-contradicoes-de-um-judiciario.html
Então meus amigos, não se enganem, em
ano de eleição, a prisão de uma das maiores lideranças populares do mundo
resultante de um processo sem provas e com um tipo de tramitação inédita
evidencia um novo modelo de estado de exceção que reinventou sua forma de calar
vozes divergentes.
Para além das paixões e narrativas
partidárias, o fato é o processo que começou com uma matéria de jornal e
avançou, sem provas, com base em depoimentos, delações e “convicções” e
resultou na prisão do líder em pesquisas de intenção de voto em pleno ano
eleitoral evidencia que o encarceramento de Lula não deve ser tratado ou
entendido como mais uma prisão comum de um político.
“Lula, basicamente, foi condenado para não ser
candidato. Porque ele tem popularidade. Então, em uma situação dessas não dá
para achar que juridicamente é isso ou aquilo. É política. É uma questão
política e ponto”. (Ivan Seixas; https://www.revistaforum.com.br/nao-ha-relativismos-lula-e-um-preso-politico/)
Os fins não justificam os meios. A
história nos mostra que isso nunca deu certo.
Encerro com Toda a sabedoria de Seydou Koné (Alpha Blondy ) agora em linguagem clara:
Encerro com Toda a sabedoria de Seydou Koné (Alpha Blondy ) agora em linguagem clara: