Como o tempo passa, parece que foi ontem que eu estava vivendo uma vida melancólica ... Penso que o mundo dos quadrinhos nos faz sonhar em ser o herói, aquele que luta pelos seus, se sacrifica pelos outros e que como recompensa nunca está sozinho... Os seus o apoiam e buscam sempre vê-lo bem.
Há 06 anos EU POSTAVA AQUI eufórico o renascimento da franquia Planeta dos Macacos... E eu dizia que durante todo o filme nós torcemos pelos símios, pois pareciam ser mais humanos... Pois bem, foi assim ao longo da trilogia.
NO SEGUNDO FILME eu destaquei a questão da perda. Passamos a vida inteira perdendo coisas. Não que a gente não ganhe nada em troca, pelo contrário, as vezes o que vem é até melhor do que aquilo que se foi. Mas isso não diminui os buracos que não podem ser substituídos das coisas indispensáveis que já não estão mais aqui. Perdemos porque precisamos aprender. Nenhuma lição é melhor que a da perda.
Repito, Planeta dos Macacos é uma
das franquias mais humanas da atualidade, que nos leva à reflexão sobre nossos
erros e a uma torcida sincera contra a nossa própria espécie.
Em Planeta dos Macacos: A Guerra, o diretor Matt Reeves conclui o prelúdio para a história do filme de 1968 (baseado no
livro do francês Pierre Boulle) com as mesmas urgências dos longas anteriores
(A Origem, de 2011, e O Confronto, de 2014).
Planeta dos Macacos: A Guerra é um
filme excelente que se baseia em uma ideia muito simples: o apocalipse de uma
inversão radical na relação de poderes da sociedade. No primeiro filme da
excelente saga original, humanos são tratados como animais selvagens em uma
sociedade governada por símios e macacos.
São bastante conhecidas as leituras raciais feitas sobre esses primeiros filmes a partir de algumas sugestões e
pistas deixadas por eles. Os primatas que regem a sociedade, por exemplo,
tentam provar a inferioridade do ser humano através de uma análise da sua
formação craniana, uma referência muito direta à sociologia determinista do
século XIX.
A recriação cinematográfica do
universo que teve início em 2011 com Planeta dos Macacos: A Origem se afasta um
pouco dessa leitura racial, possivelmente considerando que uma correlação tão
direta dos personagens com minorias específicas seria consideravelmente
inadequada no contexto contemporâneo.
Assim, o novo universo se abre para um
comentário mais amplo sobre o modo como a opressão opera na vida em sociedade,
pesando talvez um pouco mais para a questão dos direitos dos animais. Mas é particularmente interessante a maneira como são apresentados os macacos desertores de Caesar, o líder da resistência símea. Eles são vistos trabalhando para os humanos como animais de carga, e por isso se lê a identificação “donkey” nas costas de cada um deles.
Neste filme, o vilão é o
Coronel (Woody Harrelson), que compra a guerra com o maior dos líderes dos grupos
símios, o honrado César, que quis viver em paz com sua família e sua tribo até
ter sua paz totalmente perturbada pelo inimigo. E assim César alimenta um ódio
que o torna semelhante ao seu inimigo no segundo filme, o enraivecido Koba. Por
isso César deseja enfrentar o assassino de sua mulher e de seu filho sozinho,
como se fosse a última coisa a fazer na vida.
A trajetória do herói atormentado
não é fácil, mas no fim ele compreende que ódio e a vingança só leva a destruição
e mais, só facilita a vitoria do mal... Quando César percebe isso ele finalmente
encontra a paz.... o que nos leva as lagrimas.
É interessante também observar o
filme como uma metáfora dos Estados
Unidos da era Trump, com o muro de proteção militar e o preconceito gigantesco,
o que só prova o simbolismo nefasto que um muro segregacionista traz para a
humanidade.
O filme constrói o vilão de forma
que ele personifique o que há de pior hoje em dia nas sociedades do mundo todo:
o medo e o ódio do diferente, a subversão do conceito de justiça para um ideal
de vingança, a falta de diálogo e a hostilidade generalizada para qualquer
coisa que possa ir contra um conceito antiquado de “moral e bons costumes”.
Embora o filme critique
ferozmente o conservadorismo norte-americano e o nacionalismo exacerbado que
vêm tomando vários países do Hemisfério Norte, em nenhum momento a trama demoniza
por completo essa visão política, fazendo com que as ações do vilão, embora não
possam ser justificadas de forma alguma, sejam minimamente entendidas no
contexto em que a narrativa se insere — a dupla de roteiristas evita uma visão
maniqueísta que poderia reforçar ainda mais o problema real.
O fato que é a trilogia se
encerrou com a mesma melancolia de 2011.... Isso é só o fim, isso é o fim!
Texto adaptado das fontes abaixo:
https://omelete.uol.com.br/filmes/criticas/planeta-dos-macacos-a-guerra/?key=132278
https://jovemnerd.com.br/nerdnews/critica-planeta-dos-macacos-guerra/
https://scoretracknews.wordpress.com/2017/08/01/resenha-de-filme-planeta-dos-macacos-a-guerra/
Planeta dos Macacos: A Guerra se destaque entre os desafinados da saga, o universo que apresenta ainda é um dos mais sensíveis e significativos da Hollywood contemporânea. Eu amo os filmes como este, também recomendo assistir Professor Marston e as Mulheres Maravilha, este filme é um dos melhores filmes de 2017 que estreou o ano passado. É impossível não se deixar levar pelo ritmo da historia. Amei que fez possível a empatia com os seus personagens em cada uma das situações. Sem dúvida a veria novamente, achei um filme ideal para se divertir e descansar do louco ritmo da semana.
ResponderExcluirEu também gosto muito desse tipo de filme.... Valeu pela dica!
ResponderExcluirVou V Professor Marston e as Mulheres Maravilha... Abraços e Obrigado pela visita.