Hoje resolvi falar sobre dois filmes
que vi recentemente: Planeta dos Macacos: O Confronto e Guardiões da Galáxia. O segundo filme da franquia Planeta dos Macacos já era aguardado (veja aqui). Ambos me
chamaram a atenção para o fato de como ao longo da vida todos nós sofremos
perdas e como cada ser humano reage de maneira diferente sobre tal fato.
Durante muitos anos em minha vida
eu acreditei que ao perdemos tudo que temos um recomeço seria praticamente impossível, porque
diante de tal circunstancia a fé em nós mesmos se esvai, assim passamos a
acreditar que nada mais vale a pena e procuramos apenas viver por viver, sem esperança e sem expectativas.
O fato é que passamos a vida
inteira perdendo coisas. Não que a gente não ganhe nada em troca, pelo
contrário, as vezes o que vem é até melhor do que aquilo que se foi. Mas isso
não diminui os buracos que não podem ser substituídos das coisas indispensáveis
que já não estão mais aqui. Perdemos porque precisamos aprender. Nenhuma lição
é melhor que a da perda. Lembro até hoje o dia que perdi o meu colar do poder (Era um cordão que acompanhava o relógio Yankee Street na
década de 90... Que fez muito sucesso, vinha dentro de um estojo de lata.
Na época eu não tinha grana pra comprar um, com muito sacrifício comprei só o
colar de um amigo ostentador que não quis e me vendeu) ... Mas isso é outra história.
Quando a gente cresce a gente perde a vontade de brincar. A gente perde grande parte da nossa inocência. A gente deixa de acreditar em Papai Noel e Coelhinho. Descobrimos que nossos pais podem ser mais velhos, mas nem sempre são mais fortes e perdemos a imagem de super-heróis que lhes entregamos desde que nascemos. Perdemos
Mas aos poucos fui percebendo que
é possível recomeçar, se e somente se, encontrarmos algo ou alguém que nos faça
ver beleza onde antes só víamos cinzas. Mas principalmente se ao invés de
ficarmos martelando a pergunta POR QUE?
Perguntarmos PARA QUE?
Esses dois filmes nos faz refletir sobre isso. Planeta dos Macaco é um filme apocalíptico, e eu que acompanhei a série original ficava me perguntando, como a humanidade reagiria se de repente perdêssemos tudo, como ficaríamos sem ter mais nada? E agora nesse segundo filme tantos os macacos, como os humanos, nos mostram que é possível recomeçar, reconstruir o lar e formar famílias e sonhar com uma nova sociedade.
Perguntarmos PARA QUE?
Esses dois filmes nos faz refletir sobre isso. Planeta dos Macaco é um filme apocalíptico, e eu que acompanhei a série original ficava me perguntando, como a humanidade reagiria se de repente perdêssemos tudo, como ficaríamos sem ter mais nada? E agora nesse segundo filme tantos os macacos, como os humanos, nos mostram que é possível recomeçar, reconstruir o lar e formar famílias e sonhar com uma nova sociedade.
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Planeta dos Macacos: O Confronto
se inicia com uma breve recapitulação, feita com cenas de telejornais, para
mostrar como o vírus da “gripe símia” dizimou a maior parte da população humana
do mundo. Quando essa breve cena se encerra, se passarão entre 10 a 15 minutos de filme até
que outra voz humana seja ouvida de novo. Durante todo esse tempo mergulhamos
num novo mundo, aquele agora dominado pelos novos donos do seu ambiente, os
macacos inteligentes governados por Cesar.
Ambientado alguns anos depois do
final de Planeta dos Macacos: A Origem (2011), agora a sociedade símia já se
comunica via sinais e por uma versão rudimentar da fala.
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É essencial para a série Planeta
dos Macacos a ideia de que o homem é, ou será, o grande causador da sua própria
destruição. Essa noção governava também o filme anterior. No entanto, O
Confronto adiciona uma nova camada a esse problema: aqui o maior vilão é o
macaco, enquanto os humanos agora apenas reagem, com medo e desproporção, em
relação ao que veem. Koba é o grande antagonista do filme, mas não é um vilão
raso, sem fundamento. Afinal, depois de tudo que viu e passou nas mãos dos
humanos, quem pode culpa-lo por temê-los? O personagem se torna mais fascinante
ainda por também conseguir manipular os humanos, como nas cenas em que finge
ser um macaco bobo.
É um oponente à altura de Cesar,
o verdadeiro astro e protagonista do filme, como, aliás, já era desde o
anterior ... Como já falei aqui sempre
vi o César como uma espécie de Che Guevara dos símios, já que para muitos,
ambos representam a rebeldia, a luta contra a injustiça e o espírito
incorruptível. Chega a ser impressionante, mais até do que no longa anterior,
como Cesar consegue se impor frente ao elenco humano e expressar emoções no seu
rosto e no seu olhar.
E ao longo da narrativa, Cesar é
quem passa por um arco: ao final o líder símio reconhece que naquele universo o
medo e os preconceitos podem ser mais fortes que a razão. Como de praxe na
franquia, em Planeta dos Macacos: O Confronto, macacos e humanos não se
entendem . O filme transmite essa ideia, da dificuldade do entendimento, em
meio à sua trama fantasiosa e em meio às cenas – muito legais – de macacos
cavalgando e disparando metralhadoras. Ele satisfaz à criança dentro de nós etambém discute um tema adulto, cada vez mais importante no nosso mundo repleto de conflitos.
Guardiões da Galáxia segue a
mesma linha, seres totalmente diferentes, cinco "Zé Ruelas" em uma
galáxia distante são forçados a juntar forças para fugir da prisão. Todos perderam
tudo que amavam, viviam inundados em ódio, mas diante das circunstâncias
resolvem se unir contra um inimigo em comum e de repente se vêem esperançosos,
e descobrindo a beleza da musica da vida.
Guardiões da Galáxia foca no
encontro de um grupo de personagens que sofreram grandes perdas ou que passaram por grandes sofrimentos formado por Peter Quill,
vulgo Senhor das Estrelas, Gamora, Drax, Rocket e Groot.
Ao criarem uma grande confusão no
planeta Xandar, eles são presos e lá acabam conhecendo Drax, que teve sua
mulher e filho mortos por Ronan. É na tentativa de fugir da prisão que o grupo
acaba se unindo, mas jamais proclamando-se como Guardiões de alguma coisa… A
grande verdade é que todos estão atrás é de vender o orbe, com exceção
de Drax, que deseja cegamente vingar-se do algoz de sua família. Essa é a trama básica do
excelente longa.
Um aspecto que merece destaque é
a trilha sonora espetacular, composta basicamente por clássicos dos anos 70 e
80 tocados no walkman do Senhor das Estrelas. Isso mesmo, a
despeito de toda tecnologia vista no longa, Quill possui um walkman que guarda
consigo desde a época em que foi abduzido da Terra, em 1988.