É o seguinte, como
já informei antes, nesse blog eu comento basicamente sobre Educação, Política e
Cinema (e outras coisas também). Então vamos falar um pouco do arrasa-quarteirões, OS VINGADORES. Eu vou
logo avisando que gostei demais do filme. Ele foi feito para pessoas como eu
que curtiram a década de 80, (trintões).
Durante minha
adolescência, nos anos oitenta, como não havia Facebook, Twitter ou PS3, eu
passei por essa década lendo histórias em quadrinhos de super-heróis. As revistas
não só incentivavam a minha leitura, mas também alimentavam minha imaginação.
Sendo assim, Os Vingadores é meio que um sonho de fã realizado.
Foi uma batalha
para ver o filme, filas e mais filas, na primeira vez que consegui entrar no
cinema não pude me concentrar, porque fiquei acidentalmente no meio de um
magote de emos, que a todo instante disparavam flashes, falavam ao celular e
davam dicas de como fazer chapinha no cabelo para que ficasse em pé. Tive que
ver de novo! Que bom, valeu, emos!
A Marvel já vinha
trabalhando nessa obra há tempos, desde que assumiu a produção de seus próprios
filmes em 2008. Sem ter mais os direitos sobre os personagens-top da editora,
como “Homem-Aranha” (Sony), “Quarteto Fantástico” e “X-Men” (Fox), o estúdio
resolveu investir na adaptação de histórias individuais de cada um dos
integrantes da superequipe. “Homem de Ferro”, “O Incrível Hulk”, “Thor”,
“Capitão América”, cada um destes longas-metragens ajudou na construção da equipe
Vingadores.
Confesso que fiquei
receoso ao ir assistir aos Vingadores. Pensava: “Como esse diretor vai reunir
tantos egos, tantas estrelas? Hummm.... Sei não!” Mas eu me enganei, o que
vemos é uma obra com seis super-heróis, três importantes agentes, um vilão e um
exército de alienígenas muito bem trabalhados e relacionados, em apenas duas
horas e dez minutos de filme.
Embora o Homem de Ferro tenha um pequeno índice
de maior aparição, todos os outros Vingadores possuem espaço suficiente para
mostrar o que sabem fazer em batalha.
O filme é muito bem
planejado, não é à toa que o primeiro “atentado” é realizado na Alemanha e o
Capitão América não perde a referência a outro certo “ditador local”. A
história frisa muito a questão de armas exóticas e bombas nucleares para
combater o “desconhecido”. Mas o principal mérito do filme é o diretor Joss
Whedon conseguir reunir de maneira uniforme tantos personagens, de modo que
todos tenham sua devida importância e tempo.
Até mesmo a Viúva
Negra e o Gavião Arqueiro, os menos badalados da turma, têm muitos momentos de
destaque.
Quem conhece os quadrinhos
sabe que a relação inicial entre os Vingadores nunca foi fácil, e isso é levado
para o filme brilhantemente: O Thor desce o cacete no Homem de Ferro, que é
ajudado pelo Capitão América (sim, os três), Hulk quebra o maior pau com o
Thor, enfim.
Tony Stark, alter
ego do Homem de Ferro, é quem consegue sempre roubar a cena, seja com suas
frases de efeito e ironia refinada, seja com a brilhante interpretação de
Robert Downey Jr. Outro destaque é o Dr. Bruce Banner, quando transformado no
Hulk, responsável por grandes momentos de ação (incluindo uma impagável cena
com o vilão Loki: “DEUS FRACO!”). Sem falar no diálogo entre Tony Stark, sem
armadura, e o vilão Loki.
Os Vingadores é
aquele filme de alta temporada que deve agradar em cheio aqueles que apreciam o
estilo. Já os nerds assumidos se sentirão diante da realização de um sonho,
algo inimaginável até anos atrás. Diversos diálogos e outras referências
trazidas direto das HQs, ou até golpes conhecidos dos games estão lá, para o
deleite completo.
Agora vou explicar o porquê de o “para nossa alegria” do título deste post: é que nós trintões fãs de HQs estamos representados, melhor dizendo, somos levados para dentro da telona através do simpático Agente Coulson, alguém que ainda acredita em heroísmo em um mundo de caos e um apreciador que não esconde a emoção de estar perto dos ídolos.
Os Vingadores é
empolgante do princípio ao fim (e na cena pós-créditos!), que em momento algum
menospreza a inteligência do espectador e corresponde a toda expectativa
gerada. Sem dúvida, um dos melhores filmes de super-heróis já realizado. (esse também foi muito bom)