Resolvi reproduzir aqui, na integra, esta matéria do Blog do jornalista Arimatéia Azevedo ,pois como gestor de escola convivo diretamente com tal realidade.
Cada pai ou responsável pelas crianças e adolescentes (meninas e
meninos) que tiveram suas fotos íntimas vazadas nas redes sociais tomou atitude
de acordo com o que lhes convém. Ou entende como tal. Enquanto a mãe evangélica
disse que iria orar a Deus pela filha que apareceu nua junto com um garoto, o
pai de outra garota por pouco não a manda para o hospital, de tantas pancadas
que lhe deu. De formação militar, portanto, de rígida disciplina, esse pobre
pai deve estar pensando que educação aos filhos se dá na base do cinturão ou de
coisa que o valha. É provável que a oração da mãe e a taca do pai das garotas
de nada sirvam para mudar o comportamento de seus filhos. O militar talvez não
perceba que poderia substituir o tipo de castigo que impôs à filha com a
palavra, que em muitos casos pode até ser mais ferina, mas de resultados pedagógicos
bem mais confortáveis e animadores. Os tempos mudam e, para os pedagogos, vem
as transformações nos seres humanos. As crianças e os adolescentes de hoje se
mostram cada vez mais indisciplinadas, dificeis de temperamento, portanto, em
alguns casos impossíveis de relacionamento até com os próprios pais. Há
infinitos exemplos de filhos que não seguem as regras ditadas pelos pais e
estes se sentem impotentes, sem saberem precisamente como intervir para
melhorar a formação educacional deles. É comum se ouvir velho ditado de que ‘a
sociedade dá e cobra’. A mesma sociedade que exige uma educação exemplar
oferece os perigos que preocupam pais e pedagogos que vêem os filhos se
desviando da educação básica e orientação familiar, principalmente da faixa dos
11 e 17 anos, cada vez mais difíceis de relacionamento. Que lição tirar de tudo
isso?
Apesar das conversas com pais e alunos percebo que a cada dia tal situação se agrava.
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