Desde os meus 16 anos que sempre
acompanhei as eleições, as propostas, os governos... E a partir daí assumi uma
posição política de esquerda (inicialmente radical). O tempo passou e com ele até as pedras mudam. Penso que é importante
termos uma posição política, defender uma proposta, um projeto ... Claro que
sempre procurando manter uma boa convivência com os amigos, parentes e família que
defendem um ponto de vista diferente.
Eu fico muito chateado quando ágüem
me discrimina ou tenta me desqualificar pela posição política que defendo. Acho que
isso é por falta de capacidade intelectual ou algo pior. No PT existe várias divergencias... mas todos tem espaço para expressar suas opiniões. (veja um exemplo) (Em Timon)
Pois bem, toda vez que se fala da
direita vem alguém de direita, mas que tem vergonha em se assumir como tal,
dizer que esses conceitos de direita e esquerda não existem mais. Pensar assim,
que essa divisão acabou, é apenas um jeito da direita dizer, em poucas palavras,
“Ganhamos”.
Recentemente postei uns vídeos da
campanha americana no meu facebook elogiando alguns aspectos da política americana...
Lá os partidos políticos tem ideologias bem nítidas, e os republicanos não se envergonham
de defenderem suas posições, muito diferente do Brasil, em que a Direita se
envergonha e ainda tenta implantar na opinião publica a idéia de que tudo é igual, de
que na política brasileira é tudo a mesma coisa.
Eu não entendo por que as pessoas
de direita tem tanta vergonha .... não vejo ninguém com uma camiseta dizendo: “sou
de direita”.
Como disse em seu Blog a companheira Lola: Nos EUA a direita é mais cristã,
mais alinhada com certos valores. Boa parte da direita brasileira é assim
também, mas muita gente de direita, principalmente mais jovem, tende a ser
liberal nos costumes (a favor de direitos iguais pra gays e da legalização do
aborto, entre outras coisas), e conservadora no lado político (defendem que
quase nada fique nas mãos do Estado). Pra começar, no Brasil não existe direita
que não seja anti-PT. Não conheço algum que goste do PT. Nos EUA existem
direitistas que votam no Partido Democrata, inclusive porque os dois partidos
americanos, republicanos e democratas, são mais diferentes no campo dos
costumes que no da política.
Ainda segundo a Lola: Dá pra ser anti-PT e ser de
esquerda? Logicamente, taí gente que vota no PSTU e no PSOL que não me deixa
mentir. Mas são poucos. Quem lê a Veja e acredita no que ela diz, e compartilha
com seus valores, não tem como não ser de direita. Desculpe se o rótulo lhe cai
mal. Sei que uma camiseta do Che é muito mais charmosa. Ou não. A Veja fez uma
enorme reportagem chamando o Che de facínora assassino. Colou? Fez com que
pessoas que gostam dos ideais do Che deixassem de gostar? Fez com quem é de
direita batesse no peito e dissesse: “É isso aí, quero ser mais do que
anti-comunista na vida! Agora quero ser pró-alguma coisa!”?
Falando sobre a Veja, publiquei um post do artigo do professor Merlong sobre como a Revista se posiciona claramente a direita (Veja o post aqui) .
Uma posição clara da Revista contra o Partido dos Trabalhadores foi apresentada na matéria intitulada “A praga do
fisiologismo”, Edição 1819. 10 de setembro de 2003, que tem por subtítulo “PT
abre as portas dos cargos públicos para seus militantes e aliados, partidariza
a burocracia federal e instala um radical e voraz aparelhamento ideológico do
Estado” (p.44), notamos um posicionamento contrário ao governo. O tom é duro, a
começar pelo título, que traz as palavras “praga” e “fisiologismo”. Também o
termo “aparelhamento ideológico” dá a entender a negatividade com que são
vistas as ações governistas. A matéria
começa fazendo um paralelo do tipo “antes e depois” em relação aos possíveis
temores da sociedade de um governo de esquerda, o do PT.
Precisamos nos assumir politicamente ... acompanhar nossos candidatos, cobrar, discutir, reclamar ... o que não podemos é ficar parados ... Com a boca escancarada / Cheia de dentes / Esperando a morte chegar...
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