Atualmente tenho postado muita
coisa triste sobre a minha vida, sobre solidão, ando meio niilista. Mas lembrei
que nem sempre fui assim, minha adolescência é repleta de aventuras e situações
hilárias... Vou contar duas delas:
Um dia fui visitar o meu amigo
José Orlando, que na época criava a saudosa fadinha, uma cadela vira-lata muito
passional, quando abríamos a porta do quintal ela entrava correndo pela casa
feito uma desesperada.
Como o Jusé é muito mão-de-vaca
nunca levou a fadinha ao veterinário para fazer aqueles procedimentos de
castração, não sei bem o termo. O fato é que a fadinha estava no cio e naquele
domingo era dia de vacinação de cães e ele me convocou para ajudá-lo a conduzir
a fadinha até a escola Mercedes Costa para ser imunizada.
Rapaz! Quando descemos a Avenida Principal
com a fadinha na corrente, desesperada como sempre (a bichinha vivia presa, não
podia sair que ficava eufórica) no que eu olhei pra trás, vinha uma ruma de
cães tarados que nos cercaram... Meu amigo.. O Jusé ficou logo estressado e
começou a raiar (!?) com os cães: sai! Cachorro do diabo! Puxaaa! A coitadinha
não entendia o que era aquilo e ficou assustada. E nós tentando espantar os
cães.
Mas não podemos esquecer que
existe a Lei de Murphy ... pois é! Só tínhamos que andar uns 300 metros , mas foi mais
difícil do que a jornada do Bruce Willis no filme 16 Quadras. Pois num é que
numa esquina, tinha um bando de malas que ao perceberem o nosso sufoco
começaram a atiçar os cachorros! ... Eu só ouvia eles: Pisca! Pisca! E os
cachorros avançavam pra cima de nós... Há essa hora o Jusé já estava mais
vermelho do que uma pimenta malagueta... Mas, seguimos a jornada até a escola e
completamos a missão. Ufa!
Certo dia, com a ajuda dos amigos
(sempre foi assim) conheci uma garota lá no bairro Santa Fé, nessa época eu
tinha 18 e ela tinha 16 (Eduardo e Mônica? não, não!). Fiquei deslumbrado, pois
ela era tudo de bom, gostava das mesmas coisas que eu, sem falar que era uma
gata.
Lembro que um dia saímos juntos e
quando fui deixá-la em casa a mãe dela falou: tú bebeu? E ela falando com a
língua embolada e cambaleando das pernas: eu? Não senhora! Sim, mas isso é
outra estória!
A mãe dela costumava comprar
frutas e verduras na CEASA, acho que por medida de economia, não sei. O fato é
que como moravam só as duas, essa minha namorada era obrigada a ir com a mãe
para ajudar a trazer os sacos.... Rsrsrsr
Um dia entrei no ônibus Santa Fé
ali na parada do Clube dos Cem... Pois num é que dei de cara com a menina
juntamente com a mãe e uma ruma de sacolas... A coitada ficou morrendo de
vergonha e desceu do ônibus.... Ficamos apenas eu e a mãe dela .... FOI TRASH!