sábado, 15 de setembro de 2012

DUAS ESTÓRIAS


Atualmente tenho postado muita coisa triste sobre a minha vida, sobre solidão, ando meio niilista. Mas lembrei que nem sempre fui assim, minha adolescência é repleta de aventuras e situações hilárias... Vou contar duas delas:

Um dia fui visitar o meu amigo José Orlando, que na época criava a saudosa fadinha, uma cadela vira-lata muito passional, quando abríamos a porta do quintal ela entrava correndo pela casa feito uma desesperada.

Como o Jusé é muito mão-de-vaca nunca levou a fadinha ao veterinário para fazer aqueles procedimentos de castração, não sei bem o termo. O fato é que a fadinha estava no cio e naquele domingo era dia de vacinação de cães e ele me convocou para ajudá-lo a conduzir a fadinha até a escola Mercedes Costa para ser imunizada.

Rapaz! Quando descemos a Avenida Principal com a fadinha na corrente, desesperada como sempre (a bichinha vivia presa, não podia sair que ficava eufórica) no que eu olhei pra trás, vinha uma ruma de cães tarados que nos cercaram... Meu amigo.. O Jusé ficou logo estressado e começou a raiar (!?) com os cães: sai! Cachorro do diabo! Puxaaa! A coitadinha não entendia o que era aquilo e ficou assustada. E nós tentando espantar os cães.

Mas não podemos esquecer que existe a Lei de Murphy ... pois é! Só tínhamos que andar uns 300 metros, mas foi mais difícil do que a jornada do Bruce Willis no filme 16 Quadras. Pois num é que numa esquina, tinha um bando de malas que ao perceberem o nosso sufoco começaram a atiçar os cachorros! ... Eu só ouvia eles: Pisca! Pisca! E os cachorros avançavam pra cima de nós... Há essa hora o Jusé já estava mais vermelho do que uma pimenta malagueta... Mas, seguimos a jornada até a escola e completamos a missão. Ufa!

Certo dia, com a ajuda dos amigos (sempre foi assim) conheci uma garota lá no bairro Santa Fé, nessa época eu tinha 18 e ela tinha 16 (Eduardo e Mônica? não, não!). Fiquei deslumbrado, pois ela era tudo de bom, gostava das mesmas coisas que eu, sem falar que era uma gata.

Lembro que um dia saímos juntos e quando fui deixá-la em casa a mãe dela falou: tú bebeu? E ela falando com a língua embolada e cambaleando das pernas: eu? Não senhora! Sim, mas isso é outra estória!

A mãe dela costumava comprar frutas e verduras na CEASA, acho que por medida de economia, não sei. O fato é que como moravam só as duas, essa minha namorada era obrigada a ir com a mãe para ajudar a trazer os sacos.... Rsrsrsr

Um dia entrei no ônibus Santa Fé ali na parada do Clube dos Cem... Pois num é que dei de cara com a menina juntamente com a mãe e uma ruma de sacolas... A coitada ficou morrendo de vergonha e desceu do ônibus.... Ficamos apenas eu e a mãe dela .... FOI TRASH!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

É PRECISO ASSUMIR


Desde os meus 16 anos que sempre acompanhei as eleições, as propostas, os governos... E a partir daí assumi uma posição política de esquerda (inicialmente radical). O tempo passou e com ele até as pedras mudam. Penso que é importante termos uma posição política, defender uma proposta, um projeto ... Claro que sempre procurando manter uma boa convivência com os amigos, parentes e família que defendem um ponto de vista diferente.

Eu fico muito chateado quando ágüem me discrimina ou tenta me desqualificar pela posição política que defendo. Acho que isso é por falta de capacidade intelectual ou algo pior. No PT existe várias divergencias... mas todos tem espaço para expressar suas opiniões. (veja um exemplo) (Em Timon) 

Pois bem, toda vez que se fala da direita vem alguém de direita, mas que tem vergonha em se assumir como tal, dizer que esses conceitos de direita e esquerda não existem mais. Pensar assim, que essa divisão acabou, é apenas um jeito da direita dizer, em poucas palavras, “Ganhamos”.

Recentemente postei uns vídeos da campanha americana no meu facebook elogiando alguns aspectos da política americana... Lá os partidos políticos tem ideologias bem nítidas, e os republicanos não se envergonham de defenderem suas posições, muito diferente do Brasil, em que a Direita se envergonha e ainda tenta implantar na opinião publica a idéia de que tudo é igual, de que na política brasileira é tudo a mesma coisa.


Eu não entendo por que as pessoas de direita tem tanta vergonha .... não vejo ninguém com uma camiseta dizendo: “sou de direita”.

Como disse em seu Blog a companheira Lola: Nos EUA a direita é mais cristã, mais alinhada com certos valores. Boa parte da direita brasileira é assim também, mas muita gente de direita, principalmente mais jovem, tende a ser liberal nos costumes (a favor de direitos iguais pra gays e da legalização do aborto, entre outras coisas), e conservadora no lado político (defendem que quase nada fique nas mãos do Estado). Pra começar, no Brasil não existe direita que não seja anti-PT. Não conheço algum que goste do PT. Nos EUA existem direitistas que votam no Partido Democrata, inclusive porque os dois partidos americanos, republicanos e democratas, são mais diferentes no campo dos costumes que no da política.

Ainda segundo a Lola: Dá pra ser anti-PT e ser de esquerda? Logicamente, taí gente que vota no PSTU e no PSOL que não me deixa mentir. Mas são poucos. Quem lê a Veja e acredita no que ela diz, e compartilha com seus valores, não tem como não ser de direita. Desculpe se o rótulo lhe cai mal. Sei que uma camiseta do Che é muito mais charmosa. Ou não. A Veja fez uma enorme reportagem chamando o Che de facínora assassino. Colou? Fez com que pessoas que gostam dos ideais do Che deixassem de gostar? Fez com quem é de direita batesse no peito e dissesse: “É isso aí, quero ser mais do que anti-comunista na vida! Agora quero ser pró-alguma coisa!”?

Falando sobre a Veja, publiquei um post do artigo do professor Merlong sobre como a Revista se posiciona claramente a direita (Veja o post aqui) .

Uma posição clara da Revista contra o Partido dos Trabalhadores foi apresentada na matéria intitulada “A praga do fisiologismo”, Edição 1819. 10 de setembro de 2003, que tem por subtítulo “PT abre as portas dos cargos públicos para seus militantes e aliados, partidariza a burocracia federal e instala um radical e voraz aparelhamento ideológico do Estado” (p.44), notamos um posicionamento contrário ao governo. O tom é duro, a começar pelo título, que traz as palavras “praga” e “fisiologismo”. Também o termo “aparelhamento ideológico” dá a entender a negatividade com que são vistas as ações governistas.  A matéria começa fazendo um paralelo do tipo “antes e depois” em relação aos possíveis temores da sociedade de um governo de esquerda, o do PT. 

Precisamos nos assumir politicamente ... acompanhar nossos candidatos, cobrar, discutir, reclamar ... o que não podemos é ficar parados ... Com a boca escancarada / Cheia de dentes / Esperando a morte chegar...