Mesmo sem férias (há 6 anos)
consegui um tempinho e fui ver o filme Prometeus, mas devido à falta de tempo só
consegui postar agora. (já fazia tempo que não ia ao cinema) Pois bem, muitos criticaram o filme, principalmente a
falta de respostas ou o amontoado de perguntas não respondidas.
Confesso, eu
gostei muito, penso que são exatamente essas perguntas que nos levam a reflexões
mais subjetivas e necessárias. Estou cansado de filmes que são um pacote
pronto, que vem todo mastigado só no ponto de se engolir.
Prometeus é o prelúdio de Alien - O Oitavo Passageiro,
que conta a história de uma expedição espacial a bordo da nave que dá nome ao
filme, marca o retorno de Ridley Scott à franquia e ao gênero da ficção
científica depois de 30 anos.
Quem somos? De onde viemos? Para
onde vamos? Perguntas que sempre assolaram a humanidade e que respostas só são
possíveis através da fé. A ciência tentou, mas até hoje não conseguiu uma
fórmula perfeita para comprovar qualquer teoria. E é em busca dessa prova que
os cientistas Elizabeth Shaw e Charlie Holloway convencem uma companhia a investir
em uma viagem intergaláctica.
È claro que senti falta da Ellen
Ripley interpretada por Sigourney Weaver (que segundo o cânone nasceu na Lua
terrestre em 2092, um ano antes da chegada da nave Prometheus à lua LV-223 nos
confins do universo). Agora as protagonistas são a cientista Elizabeth Shaw
(Noomi Rapace) e a executiva Meredith Vickers (Charlize Theron). A primeira
acredita que a humanidade veio de alienígenas e quer conhecê-los, já Meredith
busca resultados mais práticos na viagem que a empresa dela, a Weyland,
financia com base nos estudos de Elizabeth.
Eu sempre fui um apaixonado pelos
filmes do Ridley Scott, Blade Runner, por exemplo é poético, você assiste cem
vezes e sempre descobre coisas novas. Não podemos esquecer a critica ao
capitalismo selvagem em que as mega corporações buscam o lucro a qualquer
custo.
Dentre as tantas perguntas do filme
destaco, claro, aquela feita pelo escritor Erich von Däniken no livro de 1968
Eram os Deuses Astronautas?, que Scott diz homenagear com o filme. E tem a
própria explicação do nome do filme, justificando que Prometheus queria dividir
os conhecimentos dos deuses com os homens, é um ponto de partida interessante.
A minha expectativa era ver o
nascimento do alien, eu pensava, será que o Scott vai superar a famosa cena no
alien arrebentado o peito do tripulante que marcou o 8º Passageiro? Não sei se
superou, mas a cena foi espetacular, claustrofóbica, um movimento de câmera perfeito,
valeu o ingresso.
Achei um excelente filme de
ficção científica que questiona valores e discute a sociedade em que vivemos com
ares futuristas. Parece que estávamos carentes de filosofias e tramas mais
embasadas em uma época em que o visual e os efeitos dominam as telas de cinema
em roteiros rasos.
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